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Dois líderes religiosos da Grã-Bretanha criticaram na segunda, dia 29, o primeiro-ministro do país, Tony Blair, por ter participado da guerra contra o Iraque. Um dos bispos afirmou que o premiê e o presidente norte-americano, George W. Bush, tinham agido como "um bando de justiceiros brancos''.
O arcebisco de York, David Hope, afirmou que Blair não tinha ouvido a opinião de outras pessoas sobre o Iraque e sobre as acusações de que Saddam Hussein, ex-ditador do país, escondia armas de destruição em massa.
– Inquestionavelmente, um dirigente muito ruim foi retirado do poder. Mas há outros dirigentes ruins no mundo – disse em uma entrevista concedida ao jornal The Times.
Hope pediu que os fiéis britânicos rezassem por Blair e disse que o premiê e Bush deveriam se lembrar de que um dia responderão à justiça divina por seus atos.
– Quero dizer que há uma autoridade superior diante da qual todos nós temos de prestar contas – disse.
O bispo de Durham, Tom Wright, mostrou-se indignado com a aliança militar de Blair com os EUA no Iraque.
– Bush e Blair entrando no Iraque juntos foi como um bando de justiceiros brancos entrando em Brixton (bairro tradicionalmente negro de Londres) para deter o tráfico de drogas. Não nego que há um problema a ser enfrentado, mas digo apenas que os dois não possuem credibilidade para lidar com ele – afirmou.
Segundo Wright, os conservadores religiosos próximos a Bush defendiam "uma distorção bastante estranha da cristandade''. E acrescentou que o fato de "alguns deles se beneficiarem financeiramente da reconstrução do Iraque'' tornava seus motivos duvidosos.
As informações são da agência Reuters.
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