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Uma auditoria do Pentágono sobre a empresa de petróleo Halliburton, dirigida no passado pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, descobriu que ela pode ter superfaturado seus serviços no Iraque em mais de US$ 120 milhões, disseram autoridades da área de defesa.
Segundo essas autoridades, a subsidiária Kellogg Brown and Root (KBR), da Halliburton, pode ter pago preços acima do mercado para uma empresa do Kuweit em troca de combustível levado para o Iraque. O contrato, parte integrante de um acordo firmado com a Unidade de Engenharia do Exército dos EUA, pode ter sido superfaturado em US$ 61 milhões.
O acordo com a Halliburton, firmado sem concorrência prévia, já gerou negócios de US$ 2 bilhões e deve ser substituído por dois novos contratos para a reconstrução do setor petrolífero do Iraque. Esses dois novos contratos passarão por concorrência. Em um outro contrato da KBR para fornecer apoio logístico aos soldados, os auditores descobriram um superfaturamento de US$ 67 milhões para a construção de refeitórios. A empresa negou as acusações.
– A DCAA (Agência de Auditoria de Contratos da Defesa) encontrou alguns problemas que o departamento está analisando – disse nesta quinta, dia 12, Dov Zakheim, principal autoridade do Pentágono para o setor de finanças.
A KBR não é acusada de ter desviado dinheiro público, mas, nos dois casos, pode não ter conseguido fazer com que os serviços contratados fossem realizados de forma adequada, disseram autoridades. Deputados do Partido Democrata (oposição) criticaram o fato de a Halliburton ter ficado com tantos contratos no Iraque e acusaram o governo de favorecer a empresa por causa de suas ligações com Cheney.
Com informações da Agência Reuters.
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