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ONU quer acesso a instalações militares do Irã

A agência nuclear da ONU pediu para examinar as instalações militares do Irã. A medida faz parte da investigação que a entidade vem fazendo para determinar se o país tem um programa secreto de armas nucleares, como afirmam os Estados Unidos. É muito provável que a cúpula da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) decida levar o caso do Irã ao Conselho de Segurança da ONU em novembro, embora ainda não deva pedir sanções contra o país.

Falando sob anonimato, os diplomatas que fizeram estas afirmações disseram que a AIEA passou ao Irã uma lista de lugares que devem ser inspecionados até 31 de outubro, prazo para que Teerã prove que está cumprindo o Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Os diplomatas disseram que o Irã aceitou a inspeção nas instalações militares e uma das fontes afirmou que a lista é curta.

– Um país em particular disse (à AIEA) que as inspeções não poderiam verificar nada a não ser que os inspetores visitassem instalações militares –, afirmou um diplomata ocidental, acrescentando que a agência concordou com essa opinião. As informações seriam dos Estados Unidos.

Outro diplomata ligado à AIEA disse que a inspeção de instalações militares faz sentido, já que o objetivo da agência é determinar se o Irã está transferindo clandestinamente seus recursos nucleares para um programa militar. Teerã garante que o programa nuclear é exclusivamente pacífico, para geração de energia.

– Toda a questão não é saber se eles cruzaram a linha entre a atividade civil e a militar? –, disse o diplomata.

Na quarta, dia 15, o diretor da AIEA, Mohammed El Baradei, viaja a Teerã para esclarecer importantes questões ainda pendentes, segundo seus assessores. Em 12 de setembro, a AIEA aprovou uma dura resolução dando até o final de outubro para que o Irã entregue todas as informações e documentos relativos a seu programa nuclear, especialmente as atividades de enriquecimento de urânio. Os inspetores da AIEA encontraram urânio compatível com armas atômicas em pelo menos duas instalações nucleares. O Irã afirma que o material estava em máquinas que foram compradas já contaminadas no exterior.

A cúpula da AIEA se reúne em 20 de novembro para decidir se o Irã cumpriu ou não a resolução anterior.

Com informações da Agência Reuters.


 
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