O exército boliviano dispersou uma manifestação na cidade de El Alto, na região metropolitana da capital La Paz, neste domingo, dia 12. Os violentos protestos deixaram pelo menos cinco mortos e aumentaram a tensão social na Bolívia. Tiros esporádicos foram ouvidos desde o amanhecer nas vias de acesso à cidade, que tem 800 mil habitantes e foi declarada "zona militar" pelo governo numa tentativa de conter as manifestações e conflitos de sábado, que resultaram em duas mortes e dezenas de feridos. A maioria da população de El Alto é formada por migrantes indígenas da empobrecida zona rural do país.

O governo acusa líderes oposicionistas, liderados pelo deputado indígena e chefe Evo Morales, de incitarem as revoltas com o objetivo de dar um golpe de Estado na Bolívia. Segundo moradores de El Alto, soldados em veículos blindados dispararam contra os civis que protestavam na Avenida Ballivián, matando o trabalhador José Pérez Cortés, de 31, e ferindo outras três pessoas.

Outras testemunhas entrevistadas pela rede Erbol afirmam que mais um civil, não identificado, morreu durante outro ataque dos militares que feriu mais cinco pessoas. Um repórter da emissora Fides, da Igreja Católica, relatou que outras três pessoas morreram a 15 quilômetros de El Alto, após um confronto com militares que acompanhavam veículos de transporte de combustível. Nenhuma fonte policial confirmou o número de mortos e feridos.

As informações são da agência Reuters.