O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta terça, dia 30, que faria tudo de novo, referindo-se à invasão do Iraque. A popularidade de Blair vem despencando desde que ele decidiu dar apoio incondicional aos Estados Unidos no ataque ao país árabe. O britânico reafirmou sua decisão num discurso ao Partido Trabalhista.

– Sei que muita gente acredita sinceramente que a atitude que tomamos foi errada. Eu peço apenas uma coisa: podem atacar minha decisão, mas pelo menos compreendam por que a tomei e por que a tomaria de novo – disse ele na conferência anual de seu partido.

O fato de as forças de ocupação não terem encontrado no Iraque armas de destruição em massa – o principal pretexto usado por Blair e pelos EUA para justificar a invasão – só aumentou as críticas ao primeiro-ministro.

Para piorar, o inquérito sobre o suicídio do especialista em armas David Kelly tem dado mostras de que houve manobras para exagerar a ameaça que o Iraque representava, antes da guerra. Mesmo assim, Blair reafirmou na terça que o perigo das armas de destruição em massa são a "ameaça do século 21".

As informações são da agência Reuters.