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Representantes da África e da Argentina anteciparam o fracasso das negociações da Organização Mundial de Comércio (OMC), em Cancún. Países ricos e pobres disputam normas para fechar acordo comercial a respeito de subsídios agrícolas e regras de investimento.
– As negociações entraram em colapso e não há acordo – disse o representante do Quênia, George Ongwen, a jornalistas.
O chefe da Argentina, Martín Redrado, concordou.
– A conferência falhou. Não há acordo – disse.
Um delegado do Zimbábue, contudo, disse que os países em desenvolvimento deram a União Européia três horas para sugerirem uma proposta nova e mais conciliatória para salvar as negociações. A 5ª Reunião Ministerial da OMC termina neste domingo, dia 14. O rascunho da Declaração de Cancún foi divulgado neste sábado, dia 13.
A agricultura é uma questão-chave por representar a fonte de sustento de bilhões de pessoas nos países subdesenvolvidos, que exigem que os Estados Unidos e a União Européia cortem os altíssimos subsídios pagos a seus produtores. Os países mais pobres argumentam que os subsídios limitam o acesso dos menos favorecidos aos mercados mundiais e ajudam a perpetuar a pobreza. Os países ricos retrucam que já tomaram medidas substanciais para reduzir os subsídios.
A comissão de negociações da OMC considerou que a proposta divulgada neste sábado atende tanto os países ricos quanto os pobres e exige que os dois lados façam concessões para salvar um acordo sobre a queda de barreiras para o comércio mundial.
Com informações da agência Reuters.
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