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 | 28/07/2003 07h01min

Sharon e Bush se encontram nesta terça sem acordo sobre plano de paz

O premiê de Israel Ariel Sharon enfrenta um raro momeno de discordância com o presidente norte-americano George W. Bush. Ambos se reúnem na terça-feira na Casa Branca em meio à polêmica criada pelos planos israelenses para construção uma "cerca de separação'' na Cisjordânia.

Sharon seguiu de avião para Washington neste domingo depois que seu gabinete concordou em libertar 540 palestinos prisioneiros. A decisão é uma tentativa de apoiar o premiê palestino Mahmoud Abbas e o plano de paz patrocinado pelos EUA.

Uma autoridade de alto escalão viajando com Sharon, cujo avião fez uma breve parada para reabastecer em uma base aérea da Inglaterra, disse que a libertação dos prisioneiros "deve ocorrer na próxima semana''. As autoridades se encontrariam nos próximos dias para finalizar a lista, disse.

Sharon tem uma dura missão pela frente – superar uma visita importante à Casa Branca feita por Abbas na última sexta, dia 25, que cimentou a visão do novo líder palestino em Washington como um moderado que tenta pôr um fim a quase três anos de violência com Israel.

Horas antes que o avião de Sharon decolasse para a capital norte-americana, um porta-voz do governo israelense disse que Israel iria continuar a construir a barreira na Cisjordânia que, segundo ele, é necessária para impedir que os homens-bomba cheguem às cidades israelenses.

No centro da disputa sobre a cerca – um muro de concreto em certos trechos e com arame farpado com sensores eletrônicos em outros – estão planos de erguê-la em volta de vários assentamentos judeus. Estes planos ainda precisam ser finalizados.

Descrevendo a cerca como "um problema'', Bush disse após se reunir com Abbas:

– É muito difícil desenvolver confiança entre palestinos e Israel com um muro serpenteando a Cisjordânia.

Os palestinos condenam a cerca como um roubo de território e uma tentativa de predeterminar as fronteiras de um futuro Estado, cuja criação o mapa da paz estabelece para até 2005. Na Casa Branca, Abbas chamou a cerca de uma afronta à dignidade palestina.

As informações são da agência Reuters.


 
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