Esportes | 23/11/2010 14h53min
A eleição para a presidência do Inter deixou o Beira-Rio em pé de guerra. Um motivo de discórdia surge após o outro, acirrando cada vez mais os ânimos dos dirigentes envolvidos. Depois da discussão pública travada por Pedro Affatato e Fernando Carvalho por meio dos veículos de imprensa, com a participação de Mário Sérgio Martins, agora outro assunto estremece as relações entre os grupos políticos. A última contenda teve início com uma correspondência da Chapa 3 enviada aos sócios pelo Correio junto com a Revista do Inter.
A Chapa 1 reagiu entrando com uma representação contra a candidatura de Giovanni Luigi, acusando o candidato de usar a estrutura do clube para enviar correspondências com material eleitoral. O recurso foi aceito pelo diretor da comissão eleitoral, Cláudio Bonato. Ele determinou não apenas que a peça de campanha não seja mais enviada junto com o material oficial do clube, mas também que sejam apresentados os comprovantes de pagamento do grupo político à empresa responsável por mandar as cartas.
A reação foi imediata. Nesta terça, a Chapa Fernando Carvalho, encabeçada por Luigi, divulgou uma nota oficial se defendendo das acusações. O texto considera a representação de Affatato e do oposicionista Sandro Farias "aventureira e maldosa", argumentando que o "uso da máquina" não pode ser caracterizado nesta situação, pois o grupo político possui documentos provando que pagou pelo serviço de envio de correspondência.
A explicação para o fato de a correspondência ter sido enviada junto com a revista oficial do clube é a mesma adotada pelo vice-presidente de serviços especializados e assessor de futebol Roberto Siegmann, em texto publicado no site oficial. Segundo ele, a empresa, a mesma que costuma enviar as correspondências oficiais do clube, mandou os materiais juntos por conta própria.
“A eventual coincidência na entrega de materiais distintos se dá, unicamente, por questão de zoneamento e distribuição”, diz o documento, acrescentando que a legislação que não impede que a mesma empresa seja contratada pelo clube e pelo movimento político. “Não há qualquer dispositivo normativo impeditivo da contratação de pessoas jurídicas que prestem serviços ao Internacional”, prossegue o texto.
A contenda é apenas mais um capítulo da atribulada eleição. As chapas não poupam recursos para divulgação, pagando anúncios publicitários em outdoors e em programas de rádio. Carvalho usa sua influência para elogiar Luigi e criticar Affatato. O próprio dirigente admite:
– As relações estão se azedando gradativamente. Tomara que a eleição seja logo para não piorar.
A discussão já havia se acirrado com um anúncio publicado em Zero Hora nesta segunda, segundo o qual Affatato participou das contratações de D’Alessandro, Nilmar e Giuliano. Carvalho negou publicamente que o dirigente tenha contribuído nas negociações.
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