Notícias

Esportes  | 23/11/2010 07h43min

Acostumado a jogar pelas pontas, Diego Barcellos é centroavante em Portugal

Hoje no Nacional da Ilha da Madeira, atacante pretende seguir no país, mas admite: "a saudade bate forte"

Felipe Truda  |  felipe.truda@rbsonline.com.br



Compartilhar

Siga informações do Inter no Twitter

Toda semana, o clicEsportes conversa com ex-jogadores da dupla Gre-Nal que hoje brilham em gramados distantes do Rio Grande e do Brasil. Hoje, a série mostra como está o atacante Diego Barcellos, irmão gêmeo de Diogo e filho do ex-lateral João Carlos.


A saudade do Brasil bate no peito de Diego. Acostumado a vestir a camisa sete colorada e fazer jogadas pelas pontas, agora ele atua como centroavante no futebol português. A opção é do sérvio Predrag Jokanovic, técnico do Nacional da Ilha da Madeira. O jogador, que garante que a paixão pelo time do coração não se apagou, veste hoje a camisa 29 da equipe, atualmente quinta colocada do Campeonato Português.

– Para mim é uma posição nova. Até pelo meu tamanho, tenho mais características de jogador de movimentação. Agora fico mais fixo. Está sendo bom, tenho feito bons jogos. Assim posso dar mais opções para o treinador. Se ele quiser trocar, ele sabe que pode contar comigo – conta o porto-alegrense de 25 anos, autor de três gols no Português 2010/2011.

Diego chuta em gol: agora ele é matador | Foto: Divulgação

A nova posição se deve à mudança no esquema. O Nacional antes atuava com três atacantes, como a maioria dos times em Portugal, mas Jokanovic, alterou a formação, mantendo apenas dois homens no sistema ofensivo. Diego é o mais avançado deles, e conta que esta é apenas uma das diferenças entre o futebol brasileiro e lusitano.

– O jogo aqui é mais pegado. No Brasil, é mais cadenciado, os atacantes têm mais espaço. O próprio esquema das equipes é diferente, a maioria delas joga com três atacantes – conta Diego, que, após deixar o Beira-Rio, defendeu o Santos, Figueirense, Sport e o chinês Guangzhou.

A saudade é grande

A saudade do Brasil bate forte no peito do atacante. Apesar de ter como objetivo cumprir os quatro anos que ainda tem de contrato com o Nacional, o atacante balança quando é questionado sobre uma possível volta ao país.

– Tenho saudade, sim! Estava há três anos na China, e agora mais um em Portugal. Tenho contrato de mais quatro anos ainda. Meu objetivo é cumpri-los, mas a saudade do Brasil é grande. Mas estou bem aqui. Vamos deixar acontecer – disse o jogador.

Na torcida pelo Colorado

Apesar de não defender mais o Colorado, Diego ainda se mostra apaixonado pelo Inter. Tanto que, devido às quatro horas de diferença entre os fusos de Brasil e Portugal, ficou acordado entre as 2h e as 4h da madrugada do dia 18 de agosto, para acompanhar a vitória colorada por 3 a 2 sobre o Chivas, que valeu ao clube o bicampeonato da América.

– Fico feliz, tenho amigos lá dentro. Torço pelo Inter, é meu time do coração, então estou sempre acompanhando. Acompanhei o Inter na final da Libertadores, agora estou vendo a preparação para o Mundial. O Inter está no caminho certo, e tem tudo para ganhar o bi mundial. Ainda converso com o Bolívar, o Tinga e Renan, que são da minha época – declarou o jogador, que transmite a paixão pelo Colorado para a filha Amanda, de quatro anos. – Eu ensino as músicas da torcida para ela!

A experiência da Bombonera

Jogo com o Boca na Bombonera deixou marcas em Diego | Foto: Fernando Gomes, BD - 25/11/2004

Diego tem histórias para contar. Ele fez parte da equipe que levou o Colorado de volta aos jogos oficiais com rivais sul-americanos. Foi na Sul-Americana de 2004, no qual time de Muricy Ramalho cruzou fronteiras ao ir a Barranquilla, na Colômbia, para eliminar o Júnior, e a Buenos Aires, onde a equipe caiu diante do Boca Juniors. Agora atuando no Exterior, o atacante falou sobre a importância das partidas para sua carreira.

– Foi muito boa a experiência que ganhamos. Jogar contra clubes sul-americanos é complicado. A gente acaba aprendendo, pegando essa experiência. Ainda mais naqueles jogos contra o Boca, você vê o jeito que eles jogam. É completamente diferente. Tive a oportunidade de aprender coisas deles, como a catimba quem eles fazem, e que temos de ter a cabeça fria na hora da decisão.

CLICESPORTES
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.