| 12/11/2010 02h56min
A perspectiva de maior faturamento em 2011 está nas entrelinhas da frase feita ontem por Renato Portaluppi. Ao afirmar que “o barato custa caro”, o treinador quis dizer que mais vale investir em um profissional caro, mas que dê resultados, do que em um mais barato, cujo desempenho modesto não abra perspectiva de faturamento.
OGrêmio, que propõe a Renato um salário mensal de R$ 360 mil, sabe que precisará melhorar a oferta se não quiser perdê-lo. Ao insistir com o barato Silas (salário de R$ 150 mil) até a 13ª rodada, quando perdeu por 2 a 1 para o Fluminense e mergulhou de vez na zona de rebaixamento, o Grêmio perdeu técnica e financeiramente. Até aquele jogo, a média de torcedores em jogos no Olímpico era de 11 mil torcedores. Não havia sequer a perspectiva de disputar a Sul-Americana no ano seguinte.
A chegada de Renato (salário de R$ 275 mil) em agosto inflou os números do clube. O salto na tabela incrementou as arrecadações. Em setembro, a média de público já havia dobrado. Cresceu, também, o número de torcedores interessados em se associar ao clube. Enfim, o técnico “pagou” a diferença de R$ 125 mil entre o seu salário e o do antecessor.
Renato está valendo quanto custa. Mais do que retirar o time da zona de rebaixamento, ele o deixa em condições de garantir uma das vagas brasileiras na próxima Libertadores. É possível projetar, considerado o desempenho do time com Renato, o melhor do returno, que o Grêmio seria candidato ao título se ele tivesse chegado no início do Brasileirão. Em caso de título, o clube embolsaria R$ 8 milhões, o prêmio pago pela CBF.
– O reflexo no futuro é muito melhor. Ao final do ano, a diferença entre um time que disputa a Libertadores e o que está na Copa do Brasil é de R$ 20 milhões – calcula Eduardo Antonini, um dos vice-presidentes eleitos na chapa de Paulo Odone.
luis.benfica@zerohora.com.br
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