Esportes | 10/11/2010 07h43min
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A confirmação do segundo turno das eleições do Inter com Giovanni Luigi e Pedro Affatato na noite de segunda-feira concretizou o racha na situação para a eleição com o voto do associado, dia 4 de dezembro. A meta agora é buscar os 47.141 sócios (os que estão em dia e pertenciam ao quadro social até 31 de dezembro de 2008).
O trunfo de Luigi é contar com apoio do vice de futebol Fernando Carvalho – o nome por trás do pleito. Cortejado também por Affatato para seguir no comando do futebol em 2011, assim que houve a confirmação do segundo turno, Carvalho garantiu: só permanecerá na gestão com Luigi. Ontem, em entrevista a ZH, o dirigente assegurou que entrará de cabeça na campanha de Luigi. Já tem cinco viagens marcadas. Quer fazer o corpo a corpo com os associados. Veja os principais trechos da entrevista:
Zero Hora – O senhor recebeu convite de Luigi e de Affatato. Por que foi tão incisivo ao dizer que não ficará com Affatato?
Fernando Carvalho – O Affatato é meu amigo, me ajudou demais na gestão desde 2002, mas amizade não se confunde com a política do clube. Tentamos um acordo até o final para que a situação saísse unida. Affatato e Mário Sérgio (Martins) não quiseram o acordo. Então, se eles estão contra o Inter Grande (o movimento de Carvalho, Piffero e Luigi) estão contra mim. Não adianta brincar que estamos juntos. Não estamos.
ZH – Mas o senhor será o vice de futebol caso Luigi vença?
Carvalho – Hoje, eu não teria como aceitar o cargo, pois assumi compromissos profissionais (Carvalho está ingressando no ramo de estacionamentos; abrirá um em Porto Alegre e outro em São Paulo). Mas estou tentando resolver questões para seguir no clube pelo menos até o final da Libertadores. Mas, repito, só com o Giovanni como presidente.
ZH – Por que não aceitar o convite de Affatato?
Carvalho – Ele não me fez um convite, mas, sim, um comunicado através da imprensa. Não trabalho assim.
ZH – Mas as ideias de gestão para o futebol não são as mesmas que o senhor defende?
Carvalho – Não. Ouvi o Affatato dizer que não venderá os craques. Ora, a venda de jogadores é a nossa maior rubrica. É ilusório dizer isso ao torcedor. Nossa grande receita vem da venda de atletas.
ZH – Como será a sua participação na campanha agora?
Carvalho – Total. De todas as formas. Tenho cinco datas agendadas para viagens ao Interior. Vou a Santa Maria, Livramento, Passo Fundo, Caxias e a uma quinta cidade, que ainda será definida, pedir voto para o Giovanni junto aos nossos sócios.
ZH – Por que Vitorio Piffero ainda não declarou o seu voto?
Carvalho – É uma questão pessoal. Talvez ele declare até a votação.
ZH – Seus adversários políticos comparam a sua atuação agora com a de Fábio Koff na eleição de Duda Kroeff: foi o grande cabo eleitoral e, depois, afastou-se.
Carvalho – De forma alguma. Sempre estarei ao lado dele. Respeito o Giovanni por ele ter tido paciência de aguardar a vez. Ao final de 2006, escolhi o Vitorio Piffero para a minha sucessão, em vez de o Giovanni. Disse a ele que o Vitorio estava mais preparado. Agora, quem está preparado é o Giovanni.
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