| 26/10/2010 07h11min
A futura direção ainda não tomou passe e já está diante de um tema cuja solução será emblemática para sinalizar o tamanho do Grêmio que pretende.
Depois do que fez pelo clube este ano, assumindo todos os riscos de uma terra arrasada no vestiário e reerguendo o time ao ponto de chegar ao fim do campeonato com chance (remota, mas real) até de título, Renato Portaluppi vai pedir alto para renovar. Está no seu direito, pelo resultado profissional que obteve.
O que deve fazer Paulo Odone? Simples: pagar o que ele pedir.
Como Renato não exigirá participação nos lucros da Arena ou algo que o transforme no novo Wanderley Luxemburgo e sua comissão técnica de R$ 1 milhão mensais, está tudo resolvido. Renato pede, o Grêmio paga. R$ 100 mil, R$ 200, R$ 400 mil, não importa. Tem que pagar.
Mesmo que não consiga vaga na Libertadores, Renato já salvou a pátria. Não é demais lembrar disso. Sabe como é o futebol: daqui a pouco o G-4 ou G-3 escapa na última rodada e não faltará alguém para dizer que, com um time organizado é melhor um treinador mais experiente, sem tantas ousadias, quem sabe menos ofensivo. Um treinador que, especialmente, não obrigue o clube cometer loucuras financeiras. Esta frase, então, é luminosa: "não podemos cometer loucuras".
No caso de Renato, a loucura vira bom senso. Quanto dinheiro o Grêmio deixou de perder não caindo para a segundona? E a relação custo-benefício das contratações baratas, que ajudaram a tirar o time do buraco?
Vilson, Gílson, Paulão, Diego Clementino e Júnior Viçosa, nenhum deles ganha mais de R$ 14 mil. Duvido que Souza, que não foi indicado por Renato, ganhe menos do que R$ 200 mil mensais.
O lucro que Renato gerou ao Grêmio é incalculável. Sem falar em manter um profissional identificado até a medula, algo difícil de acontecer em tempos de futebol-negócio. Nunca foi tão fácil uma renovação: Renato pede, o Grêmio paga.
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