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 | 26/10/2010 07h11min

Gabiru: "Nunca imaginei que iria entrar contra o Barcelona"

Herói do Mundial em 2006 garante que está na torcida pelo Inter em Abu Dhabi

Paulo Ludwig  |  paulo.ludwig@zerohora.com.br

O torcedor colorado jamais saberá o que aconteceria se Adriano Gabiru não tivesse entrado em campo, aos 31 minutos do segundo tempo, contra o Barcelona. Talvez o gol saísse por meio de outro jogador, quem sabe a nação vermelha teria de experimentar o drama de uma prorrogação ou até as temidas cobranças de pênalti. A única certeza que ecoa pelo Rio Grande do Sul é que o meia, renegado durante todo o ano de 2006, está enraizado como o autor do gol mais importante da história do clube.

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Quatro anos depois de empurrar a bola para rede de Victor Valdés e fazer explodir a metade vermelha do Estado, Gabiru tenta se reerguer no futebol. Desde que deixou o Inter em 2007 de forma conturbada, nunca mais conseguiu encontrar espaço no cenário nacional. O mesmo homem que recebeu homenagens, era requisitado nas ruas e ouviu em coro o pedido de perdão da própria torcida do Inter, hoje comemora o acerto com o Corinthians do Paraná, clube que defenderá a partir de janeiro de 2011.

>> Ouça a entrevista com Adriano Gabiru

— Por enquanto eu estou só treinando, mas ano que vem vamos jogar o Campeonato Paranaense. Graças a Deus, consegui essa oportunidade, que eu estou encarando como um recomeço. É uma nova chance que eu ganhei e pretendo aproveitar. Ficar parado depois do gol que eu fiz é a pior coisa que poderia acontecer —disse

Crédito: Wesley Santos

Gabiru atuou durante primeiro semestre no Mixto, do Mato Grosso. Ele permaneceu no clube por apenas 30 dias e acabou dispensado. Depois disso, não pisou mais nos gramados para uma partida oficial.

No Inter, Gabiru experimentou as mais distintas sensações. Vaiado dentro do Beia-Rio toda a vez que pegava na bola, o meia teve de atravessar o mundo para atingir a glória em Yokohama, no Japão. Mas o gol histórico poderia não ter acontecido, como o próprio Gabiru relata:

— Eu nunca imaginei que ia entrar naquela partida. Ninguém conversou comigo sobre isso. Pensei que não tinha nenhuma chance. Eu não entrei no primeiro jogo, que também foi muito difícil, como eu ia imaginar que ia entrar no segundo? Foi a última alteração do Abel. O Fernandão sentiu e ele me colocou.

Crédito: Júlio Cordeiro

E se Gabiru jamais sonhou que poderia pisar no gramado na decisão, imagina conceber a chance de marcar o gol do título.

— Nunca passou pela minha cabeça. De jeito nenhum. Jogando contra o Barcelona, em uma final, nem sonhei. Cheguei até comentar com os companheiros que quem marcasse o gol entraria na história do clube. Não imaginava mesmo — comentou.

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Mas os caminhos naturais do futebol não poupam nem os heróis. Em 2007, Gabiru a direção do Inter confirmou o empréstimo do jogador ao Figueirense e, mais tarde, ao Goiás. No ano seguinte, o meia retornou ao Beira-Rio e foi surpreendido com a rescisão do seu contrato. Sobre a maneira como saiu do clube, Gabiru garante que não guarda rancor:

— Não tenho mágoa nenhuma. Quando tem de sair, tem de sair. Não deu para ficar, não deu. Não tem o que fazer. É bola para frente. Vou estar na torcida junto com toda a nação colorada para que o Inter conquiste o título. Se vencemos o Barcelona, podemos vencer qualquer time.

 
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