Foi a maior reunião política da história do Inter, talvez do futebol gaúcho, pela abrangência e representatividade dos colorados que dela participaram.

Em tese, está tudo acertado. Pedro Affatato já sinalizou que aceita. Giovanni Luigi também. Então, resta sentar na mesa e formalizar, já que o confronto entre os dois era iminente. 

O apelo da reunião é o seguinte: Vitorio Piffero deve ser o candidato da situação à presidência, com Fernando Carvalho no futebol.

Ambos, claro, estavam no jantar. Quem deu a notícia em primeira mão foi o José Alberto Andrade, na Rádio Gaúcha. Alguém duvida que, se for esta a chapa, a eleição no Inter será mera formalidade?

Conversei agora com o anfitrião do encontro, o deputado estadual reeleito Frederico Antunes, que está em Uruguaiana neste momento. Ele é do PP. Cito o partido do ex-presidente da Assembléia Legislativa justamente pelo aspecto ecumênico da reunião. Muitos são adversários partidários, mas se uniram em torno do Inter.

Repare só em quem participou do jantar, na noite de sábado para domingo, e me diga se há como dizer "não" ao apelo que defende a manutenção de Piffero no cargo: senador Pedro Simon (PMDB); deputados federais Manuela D'Ávila (PC do B), Beto Albuquerque (PSB), Ibsen Pinheiro (PMDB) e Vieira da Cunha (PDT); deputados estaduais Adão Villaverde (PT) e Alexandre Postal (PMDB).

Os ex-governadores Olívio Dutra e Jair Soares foram convidados. Lamentaram muito o fato de não comparecerem, em razão de compromissos já firmados. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM) e o primeiro suplente do PDT gaúcho na Câmara Federal, Afonso Motta, também não tiveram como participar, mas integram o movimento. Celso Bernardi, vice-presidente estadual do PP, por sua vez, lá estava.

— Aqui, não tem partido de "A" ou "B". Nosso partido é o Inter. Queremos o melhor para o clube. Demos o primeiro passo — afirmou Antunes.

Piffero relutou o apelo em um primeiro momento. Depois, a muito custo, impôs uma condição: para seguir no comando, só se Luigi e Affatato estiverem ao seu lado, sem brigas. Por enquanto, ficará em silêncio.

O estatuto do clube, segundo os idealizadores do movimento Fica Piffero, é vago no que tange a um terceiro mandato seguido. Não menciona nem que sim, nem que não. Haveria uma brecha. Os próximos lances no tabuleiro de xadrez que virou a eleição do Inter serão decisivos para definir o futuro presidente.

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