| 01/10/2010 16h54min
Assim como já fizera o jornal inglês "The Independent" há alguns dias, o "Wall Street Journal" (WSJ) desta sexta-feira faz menção à candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff. A publicação trata a petista como uma "ex-guerrilheira no topo do poder no Brasil", em referência a uma possível vitória da candidata no primeiro turno, no próximo domingo.
Segundo o jornal, até recentemente Dilma era uma burocrata pouco conhecida e agora a economista, de 62 anos, deve conseguir adicionar outro título ao seu currículo, além de guerrilheira de esquerda e presa política: o de primeira mulher presidente do Brasil. Além da chamada de capa, o jornal dedica praticamente toda uma página no primeiro caderno a Dilma Rousseff, numa matéria biográfica, com fotos até de sua infância e como presa política.
De acordo com a matéria, as pesquisas de opinião mostram que Dilma deve ganhar no primeiro turno, mas, se houver segundo turno, ainda assim deve sair vitoriosa. Na capa do jornal, o texto traz ainda que Dilma, que já se divorciou duas vezes e é mãe de uma filha, passou por uma "repaginada" nos últimos dois anos, que incluiu cirurgia cosmética, uso de lentes de contato no lugar dos óculos e estilo de corte de cabelo mais parecido com o de uma âncora de TV do que com o de uma ex-revolucionária.
Segundo o WSJ, Dilma também tem mostrado pouco interesse em avançar em reformas estruturais e ressalta que há críticas em relação a sua falta de experiência para exercer um cargo tão importante. O jornal destacou ainda que recentemente levantou-se dúvidas sobre sua integridade por causa do escândalo envolvendo Erenice Guerra, sua ex-assessora na Casa Civil e que assumiu a pasta no lugar da petista quando ela se candidatou à Presidência. A publicação lembra, no entano, que Dilma negou qualquer envolvimento.
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