A unidade está cada vez mais distante do Beira-Rio. As últimas horas foram dramáticas, com discussões ásperas entre integrantes dos movimentos que querem indicar o candidato da situação.
As trocas de e-mails andam pouco amistosas. A cada rodada de negociações, o consenso ganha contornos de sonho.
Se Fernando Carvalho, até agora mantendo posição de magistrado, não entrar em campo logo para distensionar o ambiente, a política interna do Inter pode tomar um caminho sem volta. Pior: um caminho de confronto. E confronto duro.
O Inter Grande, grupo majoritário do qual faz parte a trindade Fernando Carvalho, Vitorio Piffero e Roberto Siegmann, não aceita mais nem a alternativa do rodízio. Para o União Colorada apoiar Giovanni Luigi, em troca o Inter Grande garantiria apoio a Pedro Affatato no biênio seguinte. Era a sugestão de Carvalho para evitar o racha e garantir apoio a Luigi.
Agora, nem isso. Em reunião dos grupos de situação no sábado, o União Colorada radicalizou ao não aceitar Luigi, alegando necessidade de rodízio na aliança que comanda o clube desde 2002.
Os conselheiros do Inter Grande, por sua vez, estão à beira da insurreição. Exigem que Carvalho saia em defesa de Luigi. O novo Beira-Rio para 2014 está no âmago da disputa.
Pelo acordo proposto, Luigi ficaria com o período de menos investimento no futebol, que coincidiria com a largada das obras. Vai sobrar menos dinheiro para fazer time, justamente em ano de Libertadores, a menos que o Inter encontre um parceiro forte.
No próximo fim de semana, uma última reunião tentará costurar o acordo. Carvalho entrará nos bastidores já, para apagar o incêndio.
Será uma semana quente no Beira-Rio.
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