Está deflagrada a Operação Morumbi. Até a próxima quinta-feira, a ordem é tomar cuidado com a saúde dos titulares. O clube quer preservar os mais desgastados e evitar fortes declarações sobre a Libertadores. Todo o cuidado é para não dar argumentos que possam motivar o time de Fernandão e Rogério Ceni.

Até a programação é mantida em segredo. Depois da semifinal contra o São Paulo no Morumbi, dia 5, a delegação ficaria na capital paulista. Jogaria contra o Santos, na Vila Belmiro, no dia 8, e de lá seguiria para Santiago do Chile ou Guadalajara. Essa é a programação em caso de passagem à final da Libertadores, contra o Universidad de Chile ou Chivas. A operação, porém, não é admitida. O Inter trata de todos os detalhes para conquistar o bi da América.

Ainda que o clube não admita, a ideia é obter a classificação à final da Libertadores no Morumbi e seguir treinando na capital paulista. Até mesmo o CT a ser utilizado está definido: o do Palmeiras, a nova casa de Luiz Felipe Scolari. O grupo embarcará para São Paulo na quarta-feira à tarde.

Em caso de classificação às finais, quem enfrentar o São Paulo será poupado do jogo na Vila Belmiro. No dia seguinte à partida do Morumbi, o time reserva embarcaria de Porto Alegre para Santos. Os titulares ficariam concentrados e treinando no CT do Palmeiras.

Neste contexto, Celso Roth escalará um mínimo de titulares para o Gre-Nal deste domingo, no Beira-Rio. A tendência é de que, no máximo, três comecem o clássico.

Renan, Bolívar e Guiñazu podem formar este trio. Giuliano e Andrezinho também devem atuar. Tinga e Taison, ainda em recuperação de pequenas lesões, estão fora da partida. Os jogadores já foram avisados: alguns atuarão mais que os outros, devido à disputa de duas competições simultâneas.

— A Libertadores é o nosso foco. Mas é claro que por tratar-se de um clássico, poderemos utilizar dois ou três titulares — comentou o vice de futebol Fernando Carvalho.

O Inter confia em seu bom momento. Acredita que mesmo o time suplente poderá fazer bom papel no Gre-Nal. A comissão técnica entende que o “espírito vencedor”, devido aos 100% de aproveitamento nos cinco jogos do pós-Copa, já tomou conta de todo o grupo.

— Esse espírito vencedor se reflete no padrão de jogo do time. Tenho certeza de que o time para o Gre-Nal terá o mesmo estilo de jogo da equipe na Libertadores — aposta o auxiliar técnico Humberto Ferreira.

Entre os reservas, o entusiasmo para o Gre-Nal já é visto até nos treinos, mais disputados, uma vez que vale vaga no clássico. Éverton, ex-Grêmio, é um dos mais ansiosos para jogar no domingo. Após perder espaço no clube, quando Vagner Mancini assumiu, no começo de 2008, o atacante foi para o Paulista e depois desembarcou no Caxias. Sonha com um gol no clássico.

— Só tenho coisas a agradecer ao Grêmio. Se não fosse por eles, eu não estaria aqui agora. Mas quero jogar bem no domingo e marcar um gol — afirmou Éverton.

Confira a chegada da torcida ao Beira-Rio para o primeiro jogo, em time lapse:

Torcida recepciona o time no Ruas de Fogo