Após descansar uma semana com a família e rever os amigos em Criciúma, o lateral-direito da Seleção Brasileira, Maicon Sisenando, de 28 anos, despediu-se da cidade com uma visita ao prefeito Clésio Salvaro e uma coletiva de imprensa.

Eleito pela Fifa o melhor lateral-direito da Copa do Mundo 2010, Maicon é o único brasileiro a integrar essa seleção. Ele recebeu a notícia através da família e com surpresa, mas considera mais importante ter conquistado o hexacampeonato do que o primeiro gol que marcou para a Seleção na partida contra a Coreia do Sul:

— Foi mais uma coisa boa na minha carreira, não tem preço. Uma grande surpresa, toda família me telefonou — disse diante dos sorrisos do pai, Manoel Sisenando, e do irmão, Marlon Maicon.

Questionado sobre a desclassificação do Brasil, Maicon enfatizou o comprometimento e seriedade do grupo. Citou Dunga destacando os resultados conquistados durante os quatro anos dele como técnico da Seleção:

— Todos nós tentamos fazer o melhor. O trabalho com o Dunga durante quatro anos foi bem feito, só não concretizamos a Copa do Mundo. Mas tudo foi feito com seriedade. Em 2014 é em casa, quem sabe tem um gostinho melhor — ressaltou.

Ao falar sobre o seu primeiro gol em Copa do Mundo, o lateral-direito lamentou novamente a derrota para a Holanda:

— Sobrou aquela bolinha e eu fiz, mas preferia ter trazido o hexa e não ter feito o gol. Passa um filme na cabeça na hora do gol. Foi para coroar todo o esforço que tive. Vou fazer de tudo para estar numa segunda Copa do Mundo — lamentou.

Com contrato fechado para jogar pela Inter até 2014, especula-se a sua ida para o Real Madrid. Maicon revelou que conversou com o empresário antes da Copa sobre o que seria melhor para a sua carreira e família. Também admitiu que jogar no Real seria um sonho realizado:

— O Real seria um sonho realizado, mas deixo claro que estou feliz na Inter. Foi nesse clube que mostrei meu potencial e que me ajudou a chegar a esse patamar que estou — revelou.