| 17/07/2010 17h51min
Anote na agenda: um ano antes da Copa, o aeroporto Salgado Filho com o terminal de passageiros expandido, pista ampliada e novos equipamentos de auxílio às operações estará funcionando como um relógio, assegura o superintendente Jorge Herdina. Por essa mesma analogia, o funcionário da Infraero, há 11 meses no cargo em Porto Alegre, terá de correr contra o relógio.
Isso porque o que se viu até agora no aeroporto da capital gaúcha se resume a uma sequência de atrasos e protelações de todos os projetos apresentados. Modernizações que já deveriam de ter sido feitas para melhorar o atendimento dos passageiros e de empresas aéreas – que veem negados novos pedidos de voos devido à falta de posições nas pontes de desembarques nos horários solicitados – não saem do papel.
De todos os investimentos previstos, o mais aguardado – e há pelo menos 15 anos – pelos usuários do terminal é a instalação do ILS-2, que depende da ampliação da pista, por sua vez, dependente da remoção de famílias instaladas na área de expansão. O equipamento possibilitará operações em dias de nevoeiro fechado – reduzindo as horas perdidas enquanto se espera a nuvem se dissipar. Aviões poderão pousar com apenas 400m de visibilidade e 60m de teto – metade dos padrões atuais. Em maio, o Salgado Filho ficou 32 horas sem operações e, no mês passado, 5,5 horas.
Conforme o planejamento que Herdina tem sobre sua mesa (confira abaixo), o Salgado Filho – a caminho da saturação –, multiplicará a estrutura de atendimento antes da chegada de torcedores, da imprensa e das seleções previstas para jogar na Capital em 2014. A capacidade de receber passageiros por ano saltará de 4 milhões para 8 milhões. As posições de atendimento simultâneo de aviões nas pontes de embarque e desembarque passarão de 21 para 30. Da mesma forma os balcões de check-in devem ganhar novos espaços, aumentando de 32 para 65.
Mas, antes de o projeto de ampliação se tornar realidade, o terminal 1 do Salgado Filho – inaugurado em setembro de 2001 – terá a capacidade de atendimento ampliada de maneira provisória. Até o fim do ano, começam a ser montados os módulos operacionais provisórios (MOP), já apelidados de puxadinhos.
Como o nome informa, é uma estrutura para funcionar antes de se iniciarem as obras em definitivo. O fluxo de passageiros será redistribuído para a área leste do aeroporto, onde haverá novos balcões de check-in, áreas de inspeção de passageiros e bagagens e salas de embarque.
Reclamação constante dos viajantes, a falta de espaço para estacionar pode ser solucionada com a construção de um edifício-garagem, no formato retangular, para até 4 mil carros. Em fase de contratação do estudo de viabilidade econômica, o prédio será construído pelo investidor que vai explorar o serviço de estacionamento.
O orçamento total de R$ 1 bilhão até 2015 ainda prevê um novo complexo de logística, capaz de movimentar 100 mil toneladas de cargas por ano, mais do que o dobro da atual capacidade de 40 mil toneladas.
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