| 07/07/2010 06h10min
Nesta quarta-feira, Alemanha e Espanha lutam para se juntar aos holandeses na decisão da Copa do Mundo, no próximo domingo. Os times dos artilheiros Klose e Villa se enfrentam em Durban, a partir das 15h30min.
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Apesar de alemães e espanhóis terem decidido a última Eurocopa, em 2008, a semifinal desta Copa dificilmente será um encontro de velhos conhecidos. "Culpa" maior de Joachim Löw, que renovou o seu elenco e a formação tática de seus titulares. Já a Espanha, apesar da troca de técnicos e de alguns jogadores do time-base, manteve a espinha dorsal e a essência da equipe, de armação no meio-campo e manutenção da posse de bola.
Uma Alemanha bem diferente
Comparando o time que entrou em campo naquele 29 de junho de 2008 (foto acima), em Viena, com a equipe que goleou a Argentina nas quartas de final, dias atrás, seis permaneceram entre os titulares. A mudança se evidencia ainda mais na forma de a equipe se comportar em campo.
Além da troca de goleiros (sai Lehmann, entra Neuer), a defesa conta com Friedrich, Mertesacker e Lahm (foto), que, à época, atuava improvisado na lateral-esquerda. Hoje, Lahm é lateral pela direita e capitão do time.
O meio-campo alemão foi o que mais sofreu mudanças. Os volantes Frings e Hitzlsperger deram lugar a Khedira e Schweinsteiger. Este, um dos melhores volantes da Copa da África, jogava quase de atacante na derrota para a Espanha. Lançando mão de marcadores que também sabem sair jogando com desenvoltura, o time alemão ficou mais leve, dois anos depois.
Mais à frente, mesmo descontado devido a uma lesão, o então capitão Ballack era o centro do time de Joachim Löw, em 2008. Na África, contando com a juventude de Özil, em detrimento da experiência de Ballack, a equipe ganhou em mobilidade na armação de jogadas.
No ataque, Podolski, assim como hoje, estava lá para abastecer Klose. Mas eles não tinham a companhia da revelação Müller. Nesta quarta, ele está fora, suspenso devido ao segundo cartão amarelo. De 2008 para 2010, a Alemanha ganhou em juventude, atacantes e ousadia. É a menor média de idade de uma seleção alemã desde a Copa de 1934.
Uma Espanha mais "responsável"
Em 2008, a Espanha venceu, levou o título, mas trocou de técnico. Saiu Luis Aragonés e entrou Vicente Del Bosque. A mudança no comando não alterou substancialmente o time-base nem a forma de atuar da Fúria.
Piqué, Busquets, Xabi Alonso e Villa, hoje titulares, não estavam entre os 11 iniciais na ocasião. Apesar de quatro nomes ser um número considerável, a espinha dorsal manteve-se incólume. O goleiro, três defensores, o capitão, os armadores e o finalizador ainda vestem o manto vermelho da Fúria.
Sobre a defesa, Casillas permanece incontestável no gol. Puyol ainda é o capitão e tem as antigas companhias dos laterais Ramos e Capdevilla. Piqué foi a boa novidade na zaga.
Aragonés mostrou-se um pouco mais ofensivo que seu sucessor, com apenas um volante marcador no meio-campo: Marcos Senna, que fazia companhia a Iniesta, Xavi, Fábregas e David Silva. No segundo tempo da decisão de 2008, Xabi Alonso entrou no lugar de Fábregas para conter a pressão alemã.
Agora, contra o Paraguai, Vicente del Bosque opta por dois volantes, Busquets e Xabi Alonso à frente da linha defensiva, mais Xavi e Iniesta na armação. Já o meia-atacante Fábregas é reserva em sua seleção.
No ataque, Fernando Torres (foto) segue titular, assim como em 2008. No entanto, a fase está longe de ser próspera como fora há dois anos. Foi de El Niño o gol do título diante dos alemães. Hoje, sem marcar no Mundial, Torres é contestado e até pode começar no banco a semifinal desta quarta-feira. Quem está fazendo a diferença é o seu companheiro de ataque que, em 2008, não figurava na foto posada mais acima: David Villa já tem cinco gols no Mundial.
:: Confira os times de 2008 e de 2010:
ALEMANHA
2008 (final da Eurocopa)
Lehmann; Friedrich, Metzelder, Mertesacker e Lahm; Frings, Hitzlsperger, Ballack, Schweinsteiger e Lucas Podolski; Klose. Técnico: Joachim Löw
2010 (contra a Argentina)
Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng; Khedira, Schweinsteiger, Özil e Müller; Podolski e Klose. Técnico: Joachim Löw
ESPANHA
2008 (final da Eurocopa)
Casillas; Sergio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; Marcos Senna, Iniesta, Xavi, Fábregas e David Silva; Fernando Torres. Técnico: Luis Aragonés
2010 (contra o Paraguai)
Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; Fernando Torres e Villa. Técnico: Vicente del Bosque
Copa do Mundo - semifinal | |
Estádio: Moses Mabhida, Durban (AFS) Data/hora: 6/7/2010 - 15h30min (de Brasília) Árbitro: Viktor Kassai (HUN), auxiliado por Gabor Eros (HUN) e Tibor Vamos (HUN) Acompanhe a partida em tempo real pelo clicEsportes |
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ALEMANHA | ESPANHA |
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Neuer; Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng; Khedira, Schweinsteiger e Özil; Cacau (Trochowski), Podolski e Klose. | Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Xavi, e Iniesta; David Villa e Fernando Torres. |
Técnico: Joachim Löw | Técnico: Vicente del Bosque |
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