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 | 02/07/2010 18h26min

Maradona nega favoritismo da Argentina após saída do Brasil

Técnico não quis comentar a vitória holandesa nesta sexta

A Argentina não é favorita a vencer a Copa do Mundo, afirmou nesta sexta-feira o treinador Diego Maradona. A seleção comandada pelo astro joga neste sábado, 11h (de Brasília), contra a Alemanha, na Cidade do Cabo, pelas quartas de final da competição.

– Não é candidata (Argentina), não é favorita (...). Direi aos meus jogadores antes da partida o de sempre, que deem a vida em campo, que atrás deles há um país que não comemora (um título) há muito tempo – revelou Maradona em uma coletiva de imprensa no estádio Green Point.

Maradona, que começou a entrevista com uma alfinetada no Brasil, ao brincar com os fotógrafos que "estamos todos de Holanda hoje", devido à cor laranja de seus coletes, negou-se a falar da derrota dos brasileiros para os holandeses nas quartas de final (2-1).

– A eliminação do Brasil "é um problema deles, eu tenho outro 'negócio', tenho outras coisas na cabeça. Teremos uma partida com a Alemanha e é o que mais nos importa, e não quem ganha ou quem perde na Copa.

A Argentina jogará no sábado contra o adversário que a eliminou nas quartas de final da Copa da Alemanha-2006, na decisão por pênaltis (4-2), após empate em Berlim por 1 a 1.

Durante a coletiva, Maradona brincou com o mestre de cerimônias da Fifa, que encostou nele ao passar o microfone:

– Não me toques, irmão... veja que há oito dias que estou concentrado e não vejo uma mulher... Me tocou de novo – disse, despertando uma gargalhada entre os jornalistas de língua espanhola, já que a brincadeira não foi entendida em outros idiomas.

Perguntado sobre como vive a Copa como treinador, comparado a quando vivia como jogador, disse que "em todas as partidas não havia adversários fáceis nem invencíveis (...) Por isso estou muito tranquilo com meus jogadores".

– E não temos razão para falar como eles fizeram (os alemães). Nos dedicamos à nossa equipe, pura e exclusivamente à nossa equipe – disse, referindo-se às declarações de jogadores alemães sobre como os argentinos são provocadores, ou que influenciam o árbitro ou ainda que não sabem perder.

Sobre uma hipotética mudança de tática contra a Alemanha, revelou que o time seguirá jogando da mesma maneira.

– Mostramos uma equipe ofensiva e com equilíbrio do meio campo para trás, não vou mudar nem improvisar neste momento. Com todo respeito, não tenho medo de ninguém. Tenho jogadores dos quais estou orgulhoso. Não vou mudar absolutamente nada.

Alfinetadas e críticas à arbitragem

Com a eliminação do Brasil, Maradona, direcionou sua metralhadora giratória sobre os rivais que seguem na disputa da Copa do Mundo da África do Sul. A primeira delas foi a Espanha, que pode ser a adversária nas semifinais. Ao falar sobre a vitória do possível rival sobre Portugal, o treinador não poupou nem mesmo o juiz compatriota Héctor Baldassi, que apitou a partida entre Espanha e Portugal.

– Portugal estava conseguindo segurar bem o ataque espanhol, mas houve aquele erro muito grande – disparou. – Os espanhóis também cometeram agarrões, faltas, que não foram assinaladas, ao contrário das portuguesas. Com isso, a Espanha foi pressionando. Foi uma arbitragem horrível.

Maradona não esqueceu a Alemanha. Ao falar sobre o lance polêmico da partida com a Inglaterra, ele defendeu o uso da tecnologia no futebol.

– A bola entrou meio metro. Na final de 2006, trabalhava como comentarista de um TV espanhola e só vi o Zidane cabecear o peito do Materazzi no telão. O bandeirinha foi avisado por alguém que também viu e o Zidane foi expulso – comparou.

Em uma piada de mau gosto, Maradona comparou um dos auxiliares de arbitragem da vitória da Alemanha sobre a Inglaterra ao cantor italiano Andre Bocelli, que é cego. Em seguida, aproveitou para cutucar os alemães:

– A Alemanha esteve muito bem no jogo, obteve uma grande vitória, mas os ingleses facilitaram demais, possibilitando vários contragolpes.

Agência Estado
Rodger Bosh, AFP / 

Maradona criticou arbitragens da Copa
Foto:  Rodger Bosh, AFP


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