| 30/06/2010 14h51min
Às vésperas do jogo entre Brasil e Holanda, Johann Cruyff partiu para a provocação. O ex-comandante da Laranja Mecânica, que derrotou os brasileiros na Copa de 1974, insistiu que não pagaria para ver a Seleção Brasileira jogar e alertou que o Brasil se transformou em um time como qualquer outro.
No início do Mundial, Cruyff deu uma longa entrevista atacando Dunga e acusando o treinador brasileiro de ter criado a cultura de "tratar a bola como inimiga".
– A bola é no pé, tocada com carinho e como uma amiga. Não como uma inimiga – disse.
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Três semanas depois, o ex-jogador manteve sua visão a jornais ingleses de que a Seleção Brasileira é monótona. Nem mesmo as vitórias do Brasil sobre o Chile e diante da Costa do Marfim, cada uma com três gols feitos, empolgaram o holandês.
– Eu nunca pagaria uma entrada para assistir a um jogo dessa Seleção do Brasil. Eu olho para esse time e me lembro de pessoas como Gerson, Tostão, Falcão, Zico ou Sócrates. Agora, só vejo Gilberto, (Felipe) Melo, (Michel) Bastos, Julio Baptista. Onde está a mágica brasileira? – questionou.
Cruyff, que vai lançar em poucas semanas um programa social para educar jogadores no Brasil, ainda disse que a Seleção não tem jogadores de armação com talento.
– Posso entender porque Dunga escolheu alguns jogadores. Mas onde é que estão os talentos do meio-campo? Não acredito que um torcedor pagaria para assisti-los. O Brasil precisa jogar com mais intensidade, com mais mordida no campo porque não são especiais. É uma seleção como qualquer outra nessa Copa do Mundo – opinou.
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