| 21/06/2010 18h01min
A crise na seleção francesa atingiu patamares inimagináveis. Chegou ao Estado. No fim da noite desta segunda-feira, a ministra francesa da Saúde e Esporte, Roselyne Bachelot, esteve em Bloemfontein e conversou com os jogadores franceses após o escândalo que tomou conta da equipe na Copa do Mundo. Mais do que isso: ele afirmou que se trata de uma questão da imagem da pátria em jogo.
– O governo francês não intervém no esporte, salvo em caso que a reputação do país inteiro esteja em jogo, o que é o caso hoje. O futebol francês enfrenta um desastre. Não porque perdemos um jogo, mas porque esse desastre é moral. Vou realizar uma auditoria externa, por um escritório independente, de tudo que aconteceu nesta Copa do Mundo. Os jogadores serão consultados nessa auditoria – disse Bachelot.
A mão de ferro do governo francês diante da crise não para por aí. A ministra falou um pouco da conversa que teve com os jogadores e confessou que alguns chegaram a chorar ao serem indagados sobre como querem ser lembrados no futuro. Apesar da emoção, Roselyne Bachelot disse que anunciou medidas profundas no esporte francês, como a assinatura de um compromisso de ética antes de convocações para competições oficiais.
– Agora quero que em cada competição internacional, na Eurocopa ou na Copa do Mundo, quero que um compromisso de ética seja alvo de uma leitura solene e que cada jogador assine esse compromisso, que é algo que não aconteceu nesta Copa do Mundo. Quem não se comprometer com essa carta, é uma questão simples: não participará e não será selecionado – disse Roselyne Barchelot.
Nesta terça, às 11h de Brasília (16h local), a França enfrenta a anfitriã África do Sul no Estádio Free State, em Bloemfontein.
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