Assim que Jorge Fossati foi dispensado, a diretoria do Inter atribuiu a mudança no cargo de treinador ao mau desempenho. O vice-presidente de Futebol colorado, Fernando Carvalho, chegou a dizer que o grupo deveria jogar no 4-4-2, enquanto Fossati preferia os três zagueiros.

Mas Celso Roth, em sua entrevista coletiva de apresentação como novo técnico do Inter - ao meio-dia desta terça-feira - não descartou usar o 3-5-2, e aproveitou para elogiar o elenco do Inter.

– É difícil fazer uma afirmação definitiva. Temos que conviver com o imponderável, que são as lesões, os cartões. Mas eu vejo que o Inter tem um grupo com potencial de jogar no 4-4-2 sim, como também pode fazer o 3-5-2 sim. Vai depender muito da circunstância. Estamos chegando, precisamos ter o contato, mesmo que a gente conheça por ter jogado contra. Mas temos de ter calma, tem potencial para fazer qualquer esquema. É mérito da diretoria um grupo com essas possibilidades – justifica.

Sobre a busca pelo bom desempenho, associado ao resultado, Roth lembrou que esta é a situação ideal, que traria consigo o apoio do torcedor.

– O torcedor é um ser passional, mas não significa que ele não enxerga as coisas. A manifestação dele está diretamente relacionada à apresentação da equipe. Muitas vezes o resultado encobre isso. A gente tem de ter de preferência as duas coisas.Um bom desempenho, um time equilibrado, que passe confiança também. Se conseguirmos isso é a perfeição, é o que todo mundo quer. Tomara que a gente consiga – afirma.

Roth, reiteradas vezes, elogiou o grupo do Inter, colocando-o como um dos mais qualificados do Brasil.

– O Inter tem um dos melhores grupos, se não o melhor, entre os clubes brasileiros. Tem as suas deficiências. É estranho falar sobre reforços, porque eu tenho trabalhado com grupos com muito mais carências. O Inter tem um potencial muito grande, e a intenção é trabalhar com esse grupo. O Inter antes da minha chegada já havia trabalhado algumas contratações, que são de alto nível - conclui.