Em 1990, Camarões surpreendeu o planeta ao derrotar a Argentina na estreia do Mundial da Itália e depois chegar às quartas de final. Agora, 20 anos depois, os "Leões Indomáveis" veem uma oportunidade de ouro para acordar do marasmo em que se meteram após aquela campanha.

Inspirada no saudosismo, a equipe africana estreia na primeira Copa disputada em seu continente nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), contra o Japão, em Bloemfontein. A seleção camaronesa nunca mais repetiu o sucesso de 1990 em Mundiais. Foi eliminada na primeira fase em 1994, 1998 e 2002, e nem se classificou para o de 2006. E, claro, quer mudar o mau retrospecto.

— O objetivo é ir o mais longe possível. Temos falado bastante com os veteranos de 1990 para ter vontade de fazer igual, e bem — disse o técnico Paul Le Guen.

Para conseguir esse feito, a equipe se apoia no capitão Samuel Eto'o, seu jogador mais experiente e vitorioso:

— Ele é um jogador essencial, uma figura emblemática do futebol camaronês hoje — atesta Le Guen.

O otimismo do time africano para a partida desta segunda também é baseado na história - nunca perdeu nas suas cinco estreias de Copas. Venceu a Argentina em 1990 e empatou quatro vezes entre 1994 e 2006.

O Japão, por outro lado, chega à àfrica do Sul em piores condições do que nos Mundiais anteriores. Perdeu os quatro amistosos que disputou contra seleções que estão na Copa - Sérvia, Coreia do Sul, Inglaterra e Costa do Marfim - e deposita toda a sua esperança nos pés do meia Keisuke Honda.

— Acredito que podemos vencer Camarões porque eles não estão em seu melhor momento. Claro que não vai ser fácil, mas será primordial que estejamos bem concentrados para a partida — disse o jogador, que atua pelo CSKA, de Moscou.