O Inter já fez proposta para Adilson Batista, que ontem desligou-se oficialmente do Cruzeiro. O técnico anunciou que deixaria a Toca da Raposa após dois anos e meio de trabalho de surpresa, ao final do empate contra o Santos, na quarta-feira. Ontem, se despediu dos jogadores e soube, por telefone, que o Palmeiras espera uma resposta de Luiz Felipe Scolari para depois da Copa do Mundo. No seu horizonte, portanto, só existe o Inter.

Em São Paulo, onde o Inter enfrentou o Corinthians ontem, o presidente Vitorio Piffero admitiu que não há impedimentos para Adilson ser o sucessor de Jorge Fossati. Mas o fato de ter sido capitão do Grêmio no título da Libertadores em 1995 gerou protestos na internet.

— Isso aí não existe mais. Não tem nada a ver. Fosse assim, Tite não viria e nem ganharia títulos conosco. O critério será técnico — afirmou o presidente Piffero.

Adilson, que tem em Fernando Carvalho um admirador confesso e público, pretendia treinar o Cruzeiro diante do Atlético-GO, domingo, no Serra Dourada. Mas a maneira como se referiu a este jogo após o empate com o Santos não pegou bem junto ao presidente Zezé Perrella. Emerson Ávila será o interino em Goiânia.

— É o jogo de domingo e vai um abraço — afirmou Adilson ao anunciar sua saída.

O fato de ter alcançado uma final de Libertadores com o Cruzeiro e de ter levado ao G-4 em 2009 depois de perder a decisão da Libertadores para o Estudiantes são pontos a favor de Adilson nos bastidores do Beira-Rio. Adilson assumiria depois dos 10 dias de férias da Copa, a partir da intertemporada no Costão do Santinho (SC).

O Inter também acertou o empréstimo do goleiro Renan. O vice-presidente do Inter, Mário Sérgio Martins, estava na Espanha. O site oficial do Valencia confirmou o negócio que custará R$ 670 mil por um ano. Renan estava cedido ao Xerez. Ele foi vendido pelo próprio Inter ao Valencia.