| 02/06/2010 19h41min
O governo argentino enviou à polícia sul-africana dados de cerca de 800 pessoas com antecedentes por ações violentas relacionadas ao futebol, em meio a uma polêmica pela suposta viagem a Pretoria de 30 desses torcedores junto com a equipe dirigida por Diego Maradona.
— Entregamos às autoridades da África do Sul todos os dados disponíveis dos habituais personagens que trazem violência às partidas — afirmou o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, em declarações a uma rede de televisão ao confirmar o envio dos documentos.
Ele acrescentou que o governo "não tem nenhum interesse em que estas pessoas viajem para a Copa". A suposta viagem para a África do Sul de cerca de 30 torcedores violentos no mesmo voo da seleção argentina despertou o alerta das autoridades e uma troca de acusações, que incluiu Maradona e o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona.
Em uma coletiva de imprensa realizada na terça-feira em Petroria, Maradona negou qualquer vínculo com o grupo e lembrou que a AFA é a responsável pela organização das viagens:
— Eu não tenho relação com nenhum desses torcedores. Para mim, Grondona não disse absolutamente nada, nem que viajavam torcedores no avião e muito menos que eram 'barra-pesadas'.
No domingo, Grondona afirmou para jornalistas que havia conversado sobre o tema da viagem desses torcedores com Maradona e Carlos Bilardo — empresário da seleção — porque "quis que estivessem a par de tudo".
— Não apenas Carlos e Diego, mas também o resto do corpo técnico e os jogadores. Avisei que eles podem sair prejudicados — informou o presidente da AFA.
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