| 02/06/2010 19h18min
Nosso encontro em Joanesburgo não ocorrerá mais. A morte súbita de Ricardo Seibel de Freitas Lima, aos 35 anos, decepou uma vida em plena luminosidade, comoveu justificadamente a comunidade esportiva, jurídica e política do Estado e embaçou boa parte dos planos e articulações entabulados entre Rio Grande do Sul e Fifa nesta fase crítica de Copa na África do Sul.
Em decorrência de nossas funções — ele secretário extraordinário da Copa 2014, eu coordenador-geral da cobertura de Copa do Mundo no Grupo RBS —, nos encontramos por três vezes apenas durante o mês de maio. No último dos contatos, na quinta-feira passada, apresentamos os projetos do grupo e do governo para a Copa e depois almoçamos no sétimo andar da sede da RBS. Como todos os que o conheciam, também fiquei impressionado com as qualidades demonstradas por aquele jovem executivo — embora secretário, Freitas Lima não era um político, mas um empreendedor de trato pessoal impecável.
Cordial ao extremo, resultado de uma educação e formação primorosas, era a pessoa certa na função certa. Na África, onde seria observador convidado da Fifa, o procurador transformado em secretário planejava tentar atrair seleções estrangeiras para temporadas no Estado e recolheria lições da organização para implementá-las na volta. Sua morte atraiçoou uma trajetória que se prenunciava brilhante. Mas sua estrela, além de iluminar os familiares e amigos que legou, seguramente estará no céu do Rio Grande do Sul quando a Copa do Mundo chegar a este rincão.
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