Após a saída de Jorge Fossati, alguns jogadores do Inter revelaram em entrevistas que o agora ex-treinador colorado não costumava dialogar com o grupo a respeito de decisões como mudanças no time titular e no sistema tático. Cenário que se modificou no vestiário profissional do Inter a partir da chegada de Enderson Moreira, técnico interino que substitui Fossati.

– O diálogo é muito importante. O Fossati de repente tinha facilidade para falar com alguns, mas a timidez de outros poderia dificultar. O Enderson desde o primeiro dia jogou aberto com a gente, dizendo que queria a nossa opinião. E ele de fora viu coisas e ajudou muito. Ele percebeu que no 4-4-2 a nossa equipe fica compacta e pode agredir bastante – compara Bolívar, zagueiro titular e um dos líderes do grupo.

Enderson Moreira admite que procurou os jogadores para uma conversa franca, antes de sua partida de estreia - a vitória de 4 a 1 sobre o Atlético-PR.

– A primeira atitude que eu tive foi de conversar com eles. Falei que tomaria algumas decisões, que seriam até injustas, mas que seriam decisões que eu teria de tomar devido ao tempo, à dificuldade, para poder conhecê-los no dia a dia. Apesar de estarmos próximos, a gente não tinha o contato diário. A avaliação que eu tinha era a dos jogos. Procurei ser bem direto com eles, dizendo que tomaria decisões que poderiam não agradar a todos. E eles entenderam muito bem. E foram muito parceiros no sentido de abraçar as ideias que a gente colocou, de marcação, de posse de bola, de mais agressividade. A gente percebe essa mesma parceria e o mesmo comprometimento para o jogo com o Corinthians – explica.

Bolívar gostou do diálogo aberto por Enderson Moreira:

– A conversa foi muito importante, o Enderson é novo como treinador, mas tem muita personalidade.

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