Erasmo Damiani não é mais gerente de futebol do Figueirense. A diretoria alvinegra comunicou ao ex-dirigente nesta segunda-feira, dia 31, que ele não integra mais o clube. Antes de assumir o futebol do Furacão, Damiani ficou à frente das categorias de base do clube por cerca de seis anos, ajudando a conquistar títulos como a tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior e a SC Cup.

— Eles me chamaram hoje à tarde e me disseram que não faço mais parte do grupo. Inclusive, a pessoa que me demitiu disse que não pode falar mal do meu trabalho porque não está convivendo o dia a dia do clube. Eu saio de cabeça erguida. Tenho seis anos de Figueirense, fiz parte desse processo, dos títulos da base do Figueirense. — afirmou Damiani, em entrevista ao clicEsportes.

O ex-gerente de futebol afirmou ainda que o técnico Marcio Goiano pode ser o próximo a perder o cargo, e que isso só não aconteceu ainda porque a torcida apoia o treinador. Damiani revelou que o nome de Antônio Lopes, ex-técnico do Vasco, é cogitado nos bastidores para assumir o time do Scarpelli:

— O próximo alvo é o Marcio. Quem está ali no dia a dia sente isso. É o proximo alvo de queda. Ele só não saiu porque a torcida gritou o nome dele.

Problemas na comissão e nas contratações

No comando do futebol do Furacão pelos últimos seis meses, Damiani apontou alguns dos problemas que assolam o Alvinegro:

— Não fui eu quem anunciou o Carlinhos Santos como jogador do Figueirense, e depois deu daquele rolo (o atleta acabou permanecendo no JEC após fechar com o Alvinegro). Existe um consultor no Figueirense, o Marcos Teixeira, que fica nove dias em Curitiba e um em Florianólis. As coisas são resolvidas por e-mail.

— Depois que aumentou a comissão técnica começaram os problemas no futebol. Foi incluído um auxiliar técnico (Abel Ribeiro), que vai direto para o presidente. Ele é o porta-voz do presidente na comissão, e ninguém sabe o que ele passa para o presidente  — explicou.