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Esportes  | 18/05/2010 07h30min

Beira-Rio começa a mudar em 30 dias

Estádio terá capacidade reduzida em alguns períodos, mas nunca fechará

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Em um mês o Estádio Beira-Rio começará a sofrer uma transformação. Com a decisão de ontem do governo federal de autorizar a concessão de benefícios fiscais para reforma e construção dos estádios para a Copa de 2014, o Beira-Rio terá as obras aceleradas em meio ao período de início da Copa do Mundo.

Um mês é o prazo previsto para que a nova medida seja homologada pelo governo federal por intermédio de medida provisória, pela Assembleia Legislativa e por pedido de urgência à Câmara Municipal.

O desconto em impostos federais (IPI, PIS/Cofins e impostos de importação), estaduais (ICMS) e municipais (ISSQN) para a compra de material de construção deverá gerar uma redução de até 27% no custo da reforma. Ainda este ano, o Inter pretende dar início aos primeiros dos 105 módulos da cobertura do estádio.

Também o dinheiro da venda do Estádio dos Eucaliptos será utilizado nas obras do Beira-Rio. O edital de venda do antigo estádio deve ser publicado em até um mês. O clube prevê arrecadar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões pelo imóvel que ocupa um quarteirão inteiro em zona nobre do bairro Menino Deus, na Capital. Além dos Eucaliptos, o Inter conta com um plano de venda de cem novos camarotes.

— Se tudo já estivesse aprovado, começaríamos amanhã as obras — comentou o vice de patrimônio do Inter, Emídio Ferreira.

Com R$ 150 milhões para investir somente na reforma do estádio (o complexo todo, com centro técnico, marina e hotéis, está orçado em R$ 400 milhões), o clube poderá começar ainda em 2010 o rebaixamento da arquibancada sobre a antiga coreia, além das novas cabinas de imprensa e demais melhorias. Desde que foi anunciado como estádio para a Copa de 2014, o Inter já investiu R$ 6 milhões em obras. Na última sexta-feira, todos os clubes e Estados brasileiros envolvidos com obras para o Mundial receberam um prazo de 30 dias da Fifa para apresentar os respectivos projetos financeiros para as obras.

— Com este desconto de impostos, teremos R$ 40 milhões a mais para investir em novas obras — comemorou o vice de finanças do Inter, Pedro Affatato.

— Acabou a angústia, agora vamos focar nas obras para a Copa — acrescentou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.

Estádio não fechará

Só a partir de 2011, quando as obras de rebaixamento das arquibancadas e da instalação da cobertura do estádio estiverem avançadas, o Beira-Rio passará por pequenas restrições de espaço interno. Mas nunca será totalmente fechado. O Inter não deixará de jogar em casa em momento algum, porém, a capacidade do estádio será reduzida. Por exemplo, quando a obra chegar à arquibancada inferior, o setor perderá pelo menos 10 mil lugares. Depois de liberada a inferior, a obra passará para a social, e ocorrerá a mesma interdição de espaço. O tempo do fechamento de parte de cada setor ainda é indeterminado.

— Jamais pararemos de jogar no Beira-Rio, pois as obras serão realizadas em módulos. Mas, em muitos jogos, teremos a capacidade do estádio reduzida — afirmou Emídio Ferreira.

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