| 12/05/2010 12h55min
Há 70 anos era inaugurado, na Zona Sul de São Paulo, aquele que se transformaria no mais importante palco do automobilismo brasileiro: Interlagos
Tendo sediado 27 das 37 edições do GP do Brasil de Fórmula-1, o autódromo José Carlos Pace mantém-se em perfeito estado, mesmo septuagenário. Não tem ondulações no asfalto, tem setores fixos de arquibancada para 30 mil pessoas e vem recebendo reformas de ampliação de paddock (espaço para abrigar o pessoal das equipes, veículos, oficiais de prova e convidados) e locais para centros de hospitalidade.
Quem administra o autódromo, há mais de duas décadas, é Chico Rosa, participante ativo das carreiras dos ídolos Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna.
– Interlagos era um circuito perfeito, com oito quilômetros, mas teve de ser diminuído para acomodar as necessidades da Fórmula-1, mas até hoje os pilotos gostam de correr aqui. Ao longo desses 70 anos, Interlagos passou por reformas e é bem-visto pelo pessoal de fora – comemora Chico.
O piloto Rubens Barrichello, que morava bem perto da pista, sempre via os ídolos de perto e hoje é um dos que mais sabe as artimanhas para andar bem no traçado.
– Sem dúvida, Interlagos para mim significa tanta coisa que é difícil traduzir em palavras. É daqueles lugares em que você sente um frio na barriga só de lembrar. Minha alegria tem muita relação emocional com minha infância. Só respirei Interlagos – afirma o piloto da equipe Williams.
Rival de Barrichello no kart, Christian Fittipaldi curiosamente foi campeão sul-americano de Fórmula-3 em 1990 justamente em Interlagos, em prova que Rubinho venceu.
– Acabei a prova em quinto e se o Osvaldo Negri vencesse, eu perderia o título. O Rubinho passou o Negri na última volta e fui campeão. Devo parte do título para ele – brinca o piloto.
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