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Clima  | 12/05/2010 10h12min

Chuva causa alagamentos e prejuízos no Sul de Santa Catarina

Em Anitápolis, uma pessoa está desaparecida

Atualizada às 16h29min

A chuva causou prejuízos em cidades do Sul de Santa Catarina durante a madrugada desta quarta-feira. De acordo com o diretor estadual da Defesa Civil, major Emerson Neri Emerim, não há registro de vítimas fatais.

Em Criciúma, vários bairros estão alagados e houve deslizamentos de terra. Segundo a coordenadora da Defesa Civil de Criciúma, Angela Melo, cerca de 15 bairros foram atingidos.

— Esperávamos que a chuva viesse nesta quarta-feira durante o dia, mas ela se antecipou e chegou de madrugada — diz Angela.

Por volta das 10h30min, ainda chovia forte em Criciúma. No bairro Vera Cruz, uma residência cedeu, causando danos a uma cozinha e ao banheiro. O local foi isolado. A família foi levada para a casa de parentes. Na região da Quarta Linha, houve alagamentos de cerca de 20 casas. Em Monte Castelo, a água atinge um metro e meio de altura. Outros bairros prejudicados foram Vila Francesa, Paraíso e Tereza Cristina.

Na cidade, já são aproximadamente 20 pessoas desalojadas (levada para casa de parentes e amigos) e 40 desabrigadas (levada a um abrigo público).

A Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Exército trabalham na retirada dos moradores de áreas de risco. Caminhões e botes do Exército e caminhões-baú da prefeitura fazem o transporte das famílias.

Segundo a Epagri/Ciram, órgão que monitora o clima no Estado, entre a madrugada e a manhã desta quarta-feira, choveu 120 milímetros em Criciúma, volume que deveria ser registrado em quase a dois meses na cidade.

As três vias de acesso à BR-101 estão alagadas. A rodovia Luiz Rosso chegou a ser bloqueada nos dois sentidos para veículos menores por causa dos alagamentos. Motoristas que passarem pela SC-444 e pela rodovia Jorge Lacerda devem estar atentos às pistas inundadas.

O coordenador da Vigilância Sanitária da cidade, Paulo Hansen, orienta as famílias com casas alagadas a saírem das residências o quanto antes. O contato direto com a água da chuva pode provocar leptospirose. Pessoas que sentirem dores no corpo ou tiverem febre devem procurar uma unidade de saúde.

Araranguá

Em Araranguá, também no Sul do Estado, a Defesa Civil monitora o nível do rio, que está um 1,65 acima do nível normal. Ele transborda na marca de 2,10 metros.

Laguna

Em Laguna, mais de 10 famílias estão desabrigadas no bairro Perrichil. A chuva forte destelhou casas e arrancou árvores. A associação do bairro está alojando as famílias em casas de vizinhos e parentes.

Segundo a Defesa Civil, quase todo o município foi atingido pelos fortes ventos e chuva na madrugada. Agora pela manhã as aulas foram suspensas por medida de segurança.

Tubarão

A situação também está complicada em Tubarão, onde chove forte deste as 22h de terça-feira. Segundo o coordenador da Defesa Civil, José Luiz Tancredo, a parte baixa da cidade está alagada. Cerca de 25 famílias já foram deslocadas de áreas alagadas e outras dez foram retiradas de locais onde ocorreram deslizamentos de terra.

Os bairros mais prejudicados são Monte Castelo, São Martinho, Oficinas, Santo Antônio de Pádua, Congonhas e Bom Pastor. Em algumas destas localidades, escolas tiveram de cancelar as aulas e condomínios inteiros estão ilhados. A Unisul também cancelou suas aulas nesta quarta-feira.

Tancredo diz que o rio Tubarão está 4,8 metros acima do nível, mas que ele não deve transbordar. O limite é de 5,2 metros de altura.

Imaruí

A prefeitura de Imaruí registra 1,5 mil casas destelhadas na cidade. O telhado do ginásio municipal e da maior escola da cidade, Pedro Bittencourt, desabou. Há árvores caídas por toda a cidade. O município está sem telefone e metade da população ficou sem energia.

Anitápolis

Em Anitápolis, moradores estão isolados por causa de alagamentos. Um deslizamento de terra, no perímetro urbano, teria carregado uma casa para dentro de um rio. Pedro Claudino, 76 anos, que estava na residência, desapareceu.

Outras duas casas foram soterradas, mas os moradores não se machucaram. Parte da cidade está sem água e sem energia elétrica.

O acesso ao município pela BR-282 está precário, segundo o prefeito Saulo Wess.  As comunidades do interior em Santa Rosa de Lima estão completamente isoladas.

DIARIO.COM.BR

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