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 | 02/05/2010 18h10min

Chapecoense: queda sem escalas

Atualizada em 03/05/2010 às 10h26min Melissa Bulegon

A estreia no Catarinense 2010 foi um prenúncio do martírio que iria acompanhar a Chapecoense. O time, que entrou na competição com credencial de postulante ao título acabou, de forma melancólica, rebaixado para a Segunda Divisão do Catarinense.

A campanha irrisória colecionou tropeços e vexames. Míseros 15 pontos foram conquistados. Em 18 partidas disputadas, apenas três vitórias. Retrospecto completado por seis empates e nove dolorosas derrotas. Até mesmo o Índio Condá, onde a equipe era considerada imbatível, foi palco de resultados lamentáveis. A invencibilidade do Verdão do Oeste em casa caiu diante do Brusque, em 31 de março. Daí em diante, a cada jogo, o torcedor ia embora dividido entre a preocupação e a revolta.

Motivos não faltaram para justificar o declínio do time. O primeiro deles foi em relação à preparação física. A equipe atingiu o ápice antes da competição e, durante o Estadual, surgiram inúmeras lesões. No total, 18 jogadores passaram pelo departamento médico. Somado a isso veio o excesso de cartões recebidos. Somente em um jogo, a Chapecoense tinha dez desfalques.

O vestiário pode ser considerado um caso à parte. Rumores de desunião, insatisfação de quem estava na reserva, noites em claro e muita fanfarra provocaram uma crise difícil de ser contida. Entre a cruz e a espada, a diretoria precisou optar entre demitir o treinador Mauro Ovelha ou se desfazer dos jogadores. Optou pelo mais fácil, após a derrota por 2 a 1 para o Imbituba, em casa.

Sem outro técnico engatilhado, Suca, que não era a solução, transformou-se em esperança. O triunfo contra o Brasiliense pela Copa do Brasil deu uma sobrevida ao novo treinador. Mas o time afundou no Estadual. Longe de reencontrar o caminho da vitória, o técnico chegou ao limite na quarta rodada do Returno, com a goleada diante do sofrível Juventus, por 3 a 0, fora de casa, quando ainda havia chances de se manter na elite.

Foi então que desembarcaram no Índio Condá o treinador Guilherme Macuglia e os tão esperados reforços. Tarde demais. Não havia mais tempo para a reação do Verdão do Oeste. A equipe que se deslocou nas alturas por Santa Catarina durante a competição sofreu uma queda dolorosa e sem chances de sobrevida. A pane derradeira foi no dia 4 de abril, diante da sua apaixonada e fanática torcida. O empate em 0 a 0 no dia 4 de abril com o Figueirense decretou o rebaixamento.

Indignação, revolta e tristeza ficaram estampados nos torcedores e se espalharam por toda a cidade. Entre o elenco e a diretoria, murmúrios envergonhados e justificativas repetidas. Consequências do embarque da Chapecoense em um voo repleto de intensas turbulências. E não teve santo que salvasse o Índio Condá da queda.

TURNO

17/01 - Atlético-Ib 2 x 1 Chapecoense
20/01 - Chapecoense 2 x 0 Metropolitano
23/01 - Avaí x Chapecoense
27/01 - Chapecoense 2 x 1 Juventus
31/01 - Chapecoense 2 x 3 Brusque
03/02 - Criciúma 2 x 2 Chapecoense
07/02 - Chapecoense 1 x 2 CFZ Imbituba
10/02 - Figueirense 4 x 3 Chapecoense
13/02 - Joinville 2 a 1 Chapecoense

RETURNO

28/02 - Chapecoense 0 x 0 Atlético-Ib
3/03 - Metropolitano 3 x 2 Chapecoense
7/03 - Chapecoense 1 x 3 Avaí
13/03 - Juventus 3 x Chapecoense
21/03 - Brusque 2 x 2 Chapecoense
25/03 - Chapecoense 1 x 1 Criciúma
28/03 - CFZ Imbituba 1 x 2 Chapecoense
04/04 - Chapecoense  0 x 0 Figueirense
07/04 - Joinville 2 x 1 Chapecoense

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