| 27/04/2010 06h50min
Ele não é muito de dar entrevistas, mas quando fala não é só para dizer o trivial. O goleiro Pato Abbondanzieri, 37 anos, conhece bem o Banfield. Mais ainda a fase atual do time de Lomas de Zamora, município da Grande Buenos Aires, que conquistou o título argentino pela primeira vez.
Será que o estádio Florencio Sola é panela de pressão mesmo como dizem ou fica por conta da lenda de que todos os times do Prata tornam a vida dos adversários um inferno na sua casa?
— Eu diria que tem mais pressão do que na Bombonera. É que a torcida fica mais perto do campo. Não há espaço para dar um passo atrás na cobrança de lateral. Hoje, a Bombonera é um lugar tranquilo — afirmou Abbondanzieri.
Então, o Inter que se prepare: perto do estádio do Banfield, a Bombonera é um playground. Mais ainda porque a torcida verde e branco está em lua de mel com o time, que nunca tinha alcançado tal dimensão:
— O Banfield trabalha basicamente com duas coisas: o fator local, com as pessoas quase dentro do campo, e os cruzamentos para a área. Fora isso, é uma equipe normal, como qualquer outra.
Como o Gre-Nal acabou para o Inter justamente pelo alto, Pato entende que é preciso corrigir o problema. Sim, mas como? Tendo o mesmo ritmo e espírito empregados nos 3 a 0 contra o Deportivo Quito. Este é o modelo: a goleada sobre os equatorianos.
— Ali nós marcamos e mostramos força com a bola. É claro que não é possível jogar duas, três, quatro vezes o tempo inteiro naquela intensidade, mas seria o ideal — ensina Pato, que mal desceu do avião no Aeropark, em Buenos Aires, e já ouviu o primeiro pedido de autógrafo de um funcionário do aeroporto.
Bem, mas o aviso está dado. E por um jogador experiente, que conhece os meandros do futebol argentino como poucos: na guerra dos infernos, o do Florencio Sola é pior do que o da Bombonera. E o Inter estará nele amanhã, a partir das 21h50min.
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