O Inter ainda vive o clima da grande vitória sobre o Deportivo Quito, na última quinta-feira, pela Copa Libertadores. Na manhã deste sábado, o time fez, no campo principal do Estádio Beira-Rio, o último treino antes do Gre-Nal das 16h de domingo, primeira partida da final do Gauchão. Os jogadores trabalharam em clima descontraído. A atividade foi aberta à imprensa.

Para começar, foi realizado um aquecimento animadíssimo, sob o comando do preparador físico Alejandro Valenzuela. O profissional uruguaio, aliás, é quem fazia lembrar que amanhã tem clássico. Enquanto orientava o alongamento, ele motivava os atletas com frases em portunhol do tipo:

— Jogo especial! Dia especial! Vamos mostrar quien tiene más jugadores especiais: ellos o nosotros.

Enquanto isso, na saída do túnel, o normalmente sisudo técnico Jorge Fossati conversava alegremente com o auxiliar-técnico Guto Ferreira, o chefe da segurança Osmair Santos e alguns repórteres. Contava histórias do seu tempo de jogador.

À beira do campo, enquanto os jogadores se preparavam para começar o famoso "rachão", treino recreativo de véspera de jogo, o preparador de goleiros Clemer caminhava de cabeça baixa. O diretor executivo Newton Drummond perguntou se ele, o "centroavante" dos rachões durante muitos anos, não iria jogar desta vez. Foi quando ele revelou o motivo da sua tristeza:

— Não vou poder, estou com uma dor aqui (e indicou um local na perna esquerda). Acho que eles vão sentir a minha falta — suspirou, olhando para o gramado.

Depois do rachão, Fossati comandou um trabalho de cruzamentos e finalizações a gol. A atividade, em que cada jogador podia dar apenas dois toques na bola de cada vez, não serviu para dar uma ideia do time que começa o Gre-Nal de domingo. Mas serviu para mostrar que o Inter chega para o clássico em alto astral.