| 06/04/2010 09h23min
Segunda-feira foi um dia de vergonha para torcedores, dirigentes, jogadores e comissão técnica da Chapecoense. Cada um tentava explicar os motivos que levaram o Verdão do Oeste a cair para a Divisão Especial do Estadual.
Uma coisa é certa: não foi só pelo empate em 0 a 0 com o Figueirense que o time caiu. A campanha foi pífia, com apenas três vitórias e seis empates em 17 jogos.
— Se soubesse o que aconteceu, o time não teria sido rebaixado — disse, na terça, ainda atordoado o diretor de futebol, Jandir Bordignon.
O dirigente admitiu que, na primeira troca de técnico, quando saiu Mauro Ovelha, o grupo precisava de reforços. Veio o técnico Suca e ele não conseguiu reabilitar a equipe. Com a chegada de Guilherme Macuglia e algumas contratações, o time mostrou reação. Mas o remédio veio tarde e foi insuficiente para reverter a queda:
— O que eu vi foi um problema de vestiário — disse Macuglia, que já na sua chegada
afastou jogadores.
O preparador físico Newton Cruz
constatou que havia muitas lesões no grupo. No total, 18 jogadores passaram pelo departamento médico. Somente num jogo do Estadual, a Chapecoense tinha 10 desfalques.
Cruz acredita que o time tenha atingido o ápice físico muito cedo, já que o trabalho começou dois meses antes do campeonato. O excesso de cartões e os pênaltis no final dos jogos também contribuíram para a derrocada.
Jogadores que foram contratados para tentar salvar o time, como Bruno Cazarine, decepcionaram. Cazarine era um dos mais abatidos:
— É um sentimento horrível — falou a atleta.
O presidente Nei Maidana disse que a intenção é reformular o time para a Copa Santa Catarina e a Série C do Brasileiro. Tanto a direção quanto Guilherme Macuglia (que está invicto no Estadual) manifestaram interesse em continuidade. Após a partida contra o Joinville, será feita uma avaliação de quem sai e de quem fica.
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