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 | 04/04/2010 11h57min

Bruno Senna e Di Grassi recebem bandeirada pela primeira vez

Desde 2004, quatro brasileiros não completavam uma mesma corrida

Se nenhum brasileiro venceu o Grande Prêmio da Malásia, pelo menos uma escrita foi quebrada: desde a etapa da Itália, em 2004, quatro brasileiros não chegavam ao fim de uma corrida na Fórmula 1. Neste domingo, Felipe Massa foi o sétimo colocado, Rubens Barrichello acabou em 12º, Lucas di Grassi ficou em 14º e Bruno Senna acabou na 16ª colocação. Na prova de Monza, Barrichello venceu, Antonio Pizzonia foi o sétimo, Ricardo Zonta ficou na 11ª posição e Massa logo atrás.

Dois deles conseguiram o feito pela primeira vez. Sobrinho do mito Ayrton Senna, Bruno Senna comemorou a bandeirada, mesmo chegando apenas em 16º de 17 pilotos que terminaram.

— Está todo mundo contente, porque não deixa de ser um feito para uma equipe que não fez a pré-temporada e começou o campeonato com tantos problemas. Mas, como todo mundo, quero ir para frente. Não podemos nos contentar em apenas terminar as provas. O carro estava muito ruim nas freadas. Como não tinha o mesmo ritmo, ainda precisei ficar atento o tempo todo para facilitar as ultrapassagens — afirmou, recordando que não fazia uma corrida inteira desde a participação na Le Mans Series no ano passado — disse Bruno, que deve treinar com kart em Monaco, onde mora, na próxima semana.

Pela primeira vez na temporada, a Virgin conseguiu chegar ao fim de uma corrida. E não foi com o rodado Timo Glock, mas com o novato Lucas di Grassi. Além disso, o brasileiro foi o mais colocado entre as equipe novas, terminando a corrida na 14ª posição. Lucas explicou as dificuldades que teve na corrida, tendo que andar boa parte da prova com o carro danificado.

— Foi bastante cansativa. Física e mentalmente. Mas foi uma corrida boa. Consegui ganhar cinco posições na primeira volta e o carro estava muito bom. Estávamos brigando (com Heikki Kovalainen, da Lotus) e no toque acabei perdendo um pedaço da minha asa dianteira. Por fim, fizemos a corrida inteira sem esse pedaço. (...) Vínhamos sofrendo com problemas mecânicos, depois hidráulicos, e demos hoje um grande passo adiante. Mostramos hoje que somos de fato competitivos e é uma ótima sensação que a nossa luta acabou de começar — concluiu.

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