| 02/04/2010 16h47min
Por aqui, o assunto é até pouco debatido. No Rio de Janeiro e em São Paulo, só se fala nisso. Em duas semanas o futebol brasileiro pode sofrer uma alteração profunda, significativa e emblemática, só comparável à extinção do passe a partir da Lei Pelé.
Pela primeira vez, Fábio Koff está ameaçado de perder o comando do Clube dos 13, entidade criada para dar aos clubes um mínimo de independência em relação à CBF.
Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo, aliou-se a Ricardo Teixeira para derrotar Koff. Mais ainda: tem o apoio do Corinthians. Do Botafogo. Do Goiás. Do Vitória. Do Vasco, especialmente depois que Eurico Miranda fechou com Koff. Do Fluminense. Do Cruzeiro.
Nos bastidores da campanha, circula
até a informação de que o corintiano e presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a ter simpatia por Kléber Leite,
depois de conversar por telefone com Andres Sanchez, presidente do seu clube do coração. Especula-se que a Globo teria simpatia pela candidatura, embora não exista confirmação oficial.
Como se vê, não é pouco. O colégio eleitoral do Clube dos 13 é de 20 votantes. Inter e Grêmio são aliados de Koff, assim como Flamengo e São Paulo, mas do outro lado tem gente graúda fazendo pressão para o comando da entidade mudar de mãos.
Alguém duvida do poder da CBF junto aos clubes? Um clube como a Portuguesa, que integra o Clube dos 13, teria coragem de ficar do lado radicalmente oposto ao de Ricardo Teixeira, sem a força política natural de um clube grande? E o Bahia, que está na Série B e em sérias dificuldades financeiras?
Enfim: há chances de o gaúcho Fábio Koff, após cinco mandatos seguidos, não emplacar o sexto.
A antecipação da eleição, de novembro para 12 de abril, tornou-se um forte aliado.
Talvez até um aliado decisivo. Não será nada fácil bater Kléber
Leite. Poderá ser ele o responsável por negociar os direitos de TV do Brasileirão. O contrato de R$ 600 milhões, de três anos, termina este ano. De quanto será o próximo?
Os tempos de recondução automática ao cargo no Clube dos 13 acabaram, isto é certo.
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