Robinho, finalmente, poderá ser pago sem preocupações. Contratado junto ao Manchester City (ING) por seis meses, o pagamento dos salários dele, de março a agosto, gerou polêmica. Atrasos de quatro chegaram a ser comentados e os cotistas foram sempre mantidos em segredo pela diretoria santista.

Agora, está sacramentado. Três empresas, não quatro, como havia sido divulgado, ajudarão a pagar o alto valor de R$ 1 milhão mensal: a Seara, do ramo alimentício, principal patrocinadora da camisa do clube (acordo nas mangas, além de peito e costas); com a Unilever, fabricante de produtos para higiene pessoal e limpeza. A terceira, porém, é guardada a sete chaves.

– Recebi a ligação da nossa advogada sobre a Unilever. O acordo com a Seara já está assinado e fechado, devemos homologar com a Unilever até amanhã – explicou Evandro de Souza, assessor especial do Rei do Drible.

Por enquanto, ainda não foi divulgado com quanto cada uma delas arcará. De qualquer forma, o Santos garante que pagará por mês somente o limite de seu teto salarial (estipulado em R$ 160 mil).

Outro ponto é que o clube não mais precisará recorrer ao grupo de empresários ligados ao presidente para acertar com o camisa 7, como foi feito no primeiro mês.

– Fechamos com três cotas para o Robinho. Seu salário está garantido até o final de sua permanência no Santos. Existe uma cláusula de confidencialidade, não posso divulgar valores – disse o mandatário, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro.

Robinho foi apresentado oficialmente no dia 1 de fevereiro. Desde então, foram necessários mais 58 dias para desvendar como realmente seria pago o seu salário.

Antes do desfecho nas negociações, o marketing santista garantiu que estudou pouco mais de 12 propostas de empresas diferentes. A Votorantim Cimentos, empresa ligada a Walter Schalka, um dos aliados do atual presidente, foi descartada como possível cotista.

–Está tudo certo. Não houve e não teria cabimento negociar com a Votorantim, até pela ligação. As cotas já estão fechadas, agora, estudaremos possíveis foras de explorar a sua imagem – finalizou Eduardo Musa, do marketing santista.