Esportes | 16/03/2010 04h19min
A falta de um contato mais direto com o futebol profissional provocou ontem a saída de Paulo Deitos do cargo de diretor da categoria de base do Grêmio. A justificativa é do diretor de futebol Luiz Onofre Meira, responsável pelo afastamento. Conselheiros entendem que a queda de Deitos irá provocar uma ruptura política no clube, com perda de apoio político a parte do presidente Duda Kroeff. O substituto será Elvio Pires, atual secretário-geral.
Deitos é integrante do Movimento Grêmio Acima de Tudo, um dos seis grupos políticos que auxiliaram na eleição de Duda, em 2008. Junto com Grêmio Imortal, Grêmio Sempre, Grêmio Unido e Núcleo de Mulheres Gremistas, o Acima de Tudo tem participação direta na atual gestão. Do chamado G-6, apenas o Grêmio Menino Deus não tem cargos na diretoria.
– A saída de Deitos vai causar um barulho e um estrago muito grandes – acredita um conselheiro com trânsito junto à direção, para quem a saída do diretor foi provocada por sua forte relação
com o vice de finanças
Irany Sant’Anna Junior. Nos bastidores, a informação é de que Irany e Meira não mantêm bom relacionamento.
– Não há qualquer justificativa política. A saída é meramente técnica. Reconheço em Deitos um grande gremista, mas as relações não estavam de acordo com aquilo que idealizamos – disse Meira.
Deitos se diz surpreso com a saída. Entende que realizava um bom trabalho, citando as seis conquistas da base obtidas sob sua gestão, iniciada em janeiro de 2009.
Ele orgulhou-se de ter sido o responsável pelo reaproveitamento de Mário Fernandes, logo após o desaparecimento do zagueiro no início do ano passado.
Meira discorda de que Mário só tenha se firmado após passar pela base.
– Demos toda assistência ao jogador. Ele tem o dom natural para jogar futebol e iria se firmar de qualquer maneira – afirma.
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