Esportes | 15/03/2010 08h
Uma cuidadosa operação está sendo preparada pelo Inter para os dois jogos seguintes contra o Cerro pela Libertadores: o desta quinta-feira, dia 18, às 19h15min, em Rivera, e o jogo de volta no Grupo 5, dia 31, no Beira-Rio. Para Rivera, a direção está preocupada com o assédio de estimados mais de 20 mil torcedores no Estádio Atílio Paiva, na fronteira. A ordem é evitar congraçamentos e manter a concentração total no Cerro.
Não haverá recepções com os jogadores. Nada de paparicação da torcida no hotel de Santana do Livramento, onde a delegação ficará hospedada já na véspera do jogo. Um churrasco para mais de 2 mil pessoas está marcado, mas sem a presença de atletas. Nem mesmo a comissão técnica participará. Haverá blindagem total. O projeto Cerro prevê deslocamento de avião.
Ao final do empate de ontem em Veranópolis, o técnico Jorge Fossati disse que vai decidir o time a partir de amanhã. Mas adiantou uma informação sobre a escalação:
— A tendência
é utilizar o D’Alessandro logo de
início. Vamos ver onde ele vai entrar no time.
Enquanto isto, o vice de futebol Fernando Carvalho, afeito a análises de tabelas, acredita que o Inter deverá encerrar a fase de classificação da Libertadores com 12 pontos.
Com essa pontuação será possível, no mínimo, colocar-se entre os seis segundos melhores colocados, que seguirão às oitavas — junto com os mexicanos Chivas e San Luís, classificados antecipadamente por determinação da Conmebol, devido à eliminação do ano passado por causa da Gripe A. Com 12 pontos também é possível ser o campeão da chave.
— Esta soma nos colocará na sexta ou na sétima posição geral da Libertadores. Não é o ideal, mas é o possível — afirmou Carvalho.
Os cuidados do Inter com relação ao Cerro vão além dos conhecimentos de Jorge Fossati sobre os seus conterrâneos. O espião Guto Ferreira permaneceu em Guayaquil na quinta-feira à noite a fim de acompanhar a vitória uruguaia sobre o Emelec, por 2 a 1 —
praticamente alijando a equipe equatoriana de
uma vaga às oitavas.
Nos bastidores, o técnico do Inter apostava desde o início da Libertadores em Cerro e Racing-URU (que está no grupo do Corinthians) como os maiores “tiradores” de pontos de equipes maiores.
— Antes do nosso jogo (de quinta-feira), o Fossati me disse: “o Emelec não vencerá o Cerro, mesmo jogando em casa”. O Cerro marca muito e contra-ataca. É extramamente perigoso — comentou Fernando Carvalho.
Mesmo com tamanha mobilização, um empate já é considerado ótimo resultado estratégico — assim como era não perder nos 2,8 mil metros de altitude de Quito.
— Empate com o Cerro é bom porque ele é o nosso grande inimigo na chave. Os equatorianos ainda disputarão dois clássicos, perderão mais pontos. Enquanto o Inter, na semana seguinte, já terá a chance de ganhar do Cerro no Beira-Rio e assumir e liderança da chave — calculou o dirigente.
Como Jorge Fossati considerou o 1 a 1 com o Deportivo Quito um
bom resultado com um bom desempenho, a tendência é de que a
equipe seja mantida, talvez com a inclusão de D’Alessandro, como falou ontem. De qualquer forma, Edu pode começar jogando. Ele voltou a ser elogiado por Fossati.
D’Alessandro não se mostra completamente restabelecido da lesão no rosto. Em Quito, o médico Luiz Crescente fez um teste. Colocou o dedo na região que havia sido fraturada, e o jogador queixou-se de dor. Talvez falte um pouco de confiança para os choques.
No restante do time, pela ala direita, ainda que Nei esteja em melhor momento do que Bruno Silva, o uruguaio é o preferido para jogar fora de casa.
Operação Cerro inclui viagem de avião a Rivera, onde os times se enfrentam no Estádio Atílio Paiva
Foto:
Gabriel Izidoro
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