Após ter recebido notificação da Figueirense Participações, quinta-feira, dia 4, o Figueirense deve responder à empresa gestora do futebol do clube da mesma maneira, na próxima semana. O Conselho Deliberativo convocou uma entrevista coletiva, no Estádio Orlando Scarpelli, na qual revelou que enviará uma contra-notificação e também publicará nota em jornais.

Na quinta-feira, a Figueirense Participações publicou um esclarecimento que, segundo o Conselho Deliberativo, tem informações que não são verdadeiras. Além de revelar trechos da notificação e relembrar todo o processo que desencadeou a crise entre as partes, o Conselho fez questão de reafirmar que a gestão do futebol voltará ao clube em 22 de março, ao contrário do que diz a Figueirense Participações.

— O contrato não está mais em negociação desde que Figueirense Participações o denunciou. O Conselho aceitou a denúncia, que nada mais é do que a manifestação de uma das partes do contrato para a rescisão. — disse o conselheiro Klaus Raupp.

Para o presidente do Conselho, Nestor Lodetti, todo o processo — que desencadeou na crise atual — iniciou a partir da manifestação da Figueirense Participações, que demonstrou arrependimento através de uma carta de retratação, não aceita.

— O problema emblemático é que a Figueirense Participações não abre mão do controle administrativo do Figueirense, e o Figueirense não abre mão do seu controle administrativo — afirmou.

Lodetti também garantiu que o clube não corre o risco de ficar sem time no decorrer do Estadual em decorrência da saída da Figueirense Participações.

A equipe, aliás, se mantém longe das discussões. Na sexta, os jogadores alvinegros se reapresentaram no CFT e quem atuou no clássico fez apenas um trabalho regenerativo. No sábado antes da viagem para Jaraguá do Sul, o técnico interino Márcio Goiano deve definir a equipe que enfrenta o Juventus no domingo.