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Esportes  | 15/01/2010 04h42min

Dupla tem a mais dura preparação

Os jogadores que chegam do Exterior estranham o trabalho na pré-temporada

Christiane Matos, Bento Gonçalves

Apesar do desgaste após mais de uma semana em Bento Gonçalves, jogadores, comissão técnica e dirigentes da dupla Gre-Nal garantem que esse período de preparação opera milagres no decorrer da temporada. Principalmente para quem vem de fora.

Os jogadores que chegam do Exterior estranham muito o trabalho. O lateral gremista Lúcio é um dos que atesta a diferença. Após uma passagem frustrada pela Alemanha, em que sofreu com lesões, ele explica que sentiu a falta de um acompanhamento mais intenso na parte física.

– Aqui, há a pré-temporada e depois se vai lapidando durante o ano. Lá, é cada um por si.

O volante Fábio Rochemback, ex-Sporting, de Portugal, que chegou em meio à temporada passada, também reforça a diferença de preparação para os times da Europa:

– Há nove anos que eu não fazia uma pré-temporada tão forte. Sei o quanto vai ajudar.

A diferença, entretanto, não está só no Exterior. Para o meia Hugo, do Grêmio, o trabalho no Sul é mais intenso do que no restante do país:

– É bem diferente, muito mais forte do que eu fazia no São Paulo.

Leandro, recém-chegado do futebol japonês, sentiu dores musculares no treino de ontem.

Para quem duvida da importância dos trabalhos na Serra, o preparador físico do Inter, Alejandro Valenzuela, garante: sem ela não seria possível aguentar a maratona de jogos. Com a Copa do Mundo, em junho, o Inter já planeja um novo período de preparação, longe de Porto Alegre:

– É motivação sair da rotina do dia a dia. Estamos pensando onde será. Na Serra estará muito frio.

Até por isso, os exercícios em Bento estão “menos intensos”, como diz Valenzuela. Mas não foi o que aconteceu ontem. No trabalho feito na academia, pela manhã, foi possível ouvir os gritos do preparador. A expressão dos jogadores era de exaustão. Até Guiñazu admitiu a fadiga:

– Sem dúvida, é puxado. As cargas de peso são maiores. Menos mal que a bola está sempre presente.

Se o cansaço físico torna-se notório, o meia Souza revela outro desgaste após 10 dias na Serra.

– Todo mundo tem um limite. Eu não posso nem mais olhar para o Réver (com quem divide o quarto) – conta o brincalhão Souza.

Após as férias, o primeiro trabalho do ano precisa ser puxado. A ênfase é no fortalecimento da musculatura.

– Aqui você armazena energia para o ano todo. Tem jogador que não gosta, mas ela é essencial – atesta o técnico do Grêmio, Silas.

 
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