| 10/01/2010 15h03min
Bastou Petkovic, 37 anos, comandar o Flamengo na conquista do hexacampeonato, para abalar as estruturas do futebol brasileiro. Os clubes passaram a enxergar a experiência como diferencial das equipes, cada vez mais carentes de qualidade.
Enquanto os novos talentos saem mais cedo dos gramados brasileiros para brilhar no exterior, na contramão jogadores experientes reaparecem no mercado nacional após trajetórias de sucesso fora do país. É o caso de Sávio, contratado pelo Avaí. Revelado pelo Flamengo, ele foi vendido ao Real Madrid com 23 anos, e construiu uma carreira sólida com passagens por clubes da Espanha, França e, por último, no desconhecido futebol do Chipre. Parado desde maio de 2009, o jogador de 36 anos, completados no sábado, viu que poderia voltar:
— Ele foi influenciado pelo sucesso do Pet no Flamengo — admite o empresário João Henrique Areias.
O exemplo serve para Roberto Carlos, 36, consagrado no Real Madrid e apresentado
pelo Corinthians. A equipe paulista talvez
seja a mais influenciada pelo efeito Pet e aposta numa receita que deu certo com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo no Chile, em 1962, e o Milan de 2007, campeões com mais de seis jogadores acima dos 30 anos.
A lista dos vovôs é longa. Antes restritos à posição de goleiro, eles ganharam espaço no meio-campo e ataque. Vitória e Atlético-PR sabiam do efeito Pet e apostaram em Ramon Menezes, 37, e Paulo Baier, 35. Tem aqueles que estavam parados ou prestes a encerrar a carreira e resolveram atuar pelo clube do coração, como o meia Giovanni, 37, no Santos.
Mas há anos os clubes do interior aproveitam a desvalorização de atletas consagrados. É o exemplo do tetracampeão Viola, 41, no Brusque. Se não jogar o esperado dentro de campo, pode ajudar no marketing. Tem ainda "os intermináveis", com destaque para Kuki, 38, do Náutico, e Paulo Isidoro, 36, que conhecem os atalhos do campo.
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