| 09/01/2010 19h38min
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul estabeleceu que todos os estádios de futebol devem ter, próximo ao campo, um caminhão de bombeiros e um hidrante, para o caso de ocorrer algum incêndio. O valor para se atender essa exigência, contudo, é muito alto para os clubes, que teriam que desembolsar cerca de R$ 1 milhão para se equiparem. Com isso, o início do Gauchão 2010 estaria ameaçado.
O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, repudia as medidas. Ele considera um absurdo exigir que todos os clubes tenham caminhões de bombeiros, e ressalta que isso é uma responsabilidade do próprio Governo.
– Para começar, isso é responsabilidade do Governo. E quando se precisou de bombeiro? Nunca. Um vez precisou por causa do episódio dos banheiros químicos queimados num Gre-Nal. Não tem nexo, tem tantas outras prioridades – justificou ele em entrevista por telefone ao clicEsportes.
De acordo com informações da Rádio
Gaúcha, não existe a possibilidade de o
Governo voltar atrás neste momento. Na tarde deste sábado, o São José jogou um amistoso com o Cerro Porteño, no Estádio Passo D'Areia, sem policiamento. Como o clube não oferece as condições impostas pelo Estado, a BM não compareceu ao local para fazer a segurança.
Totalmente contrário às imposições, Novelletto convocou uma reunião com dirigentes dos principais clubes para formalizar uma nota de repúdio. O encontro está marcado para a próxima terça, na sede da FGF.
– Nós vamos nos reunir terça e fazer uma nota. Espero que o Governo volte atrás, que seja igual a história com a Brigada Militar, que exigia pagamento dos clubes e aceitou continuar fazendo a segurança nos estádios sem cobrar – comparou.
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