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Esportes  | 06/01/2010 13h08min

Reunião com Kroeff definirá ação do Grêmio contra Maxi na Fifa

Entre as provas, clube tem e-mails trocados com o jogador e seus representantes

Ana Maria Acker  |  ana.acker@rbsonline.com.br

O departamento jurídico do Grêmio aguarda o presidente Duda Kroeff na tarde desta quarta para definir que rumo o clube tomará no caso Maxi López. O Tricolor deve recorrer à Fifa, a fim de que o jogador receba algum tipo de punição por quebra de contrato. Além do acordo assinado, há outras provas: e-mails que o Grêmio trocou com o atleta e seus representantes. Em uma dessas mensagens, os empresários alertaram o atacante sobre o risco de ele ter dificuldades para acertar com outra equipe.

– Existe o regulamento da Fifa, que prevê sanções a esse tipo de comportamento, seja de clubes, de atletas, ou de agentes, sempre que haja um descumprimento contratual. Há punições, entre elas suspensão, pena pecuniária, indenizações. Esse é o caminho – afirmou Cláudio Baptista, integrante do departamento jurídico gremista.

Em entrevista recente a Zero Hora, o advogado do Sindicato dos Atletas do Rio Grande do Sul, Décio Neuhaus, declarou que não há valor legal no trecho do contrato em que Maxi prometia adquirir metade de seus direitos junto ao FC Moscou e repassá-los ao Grêmio. Isso porque apenas clubes podem deter direitos federativos de jogadores. Assim, o argentino não poderia negociar por conta própria com o Grêmio.

Baptista disse que respeita a opinião do colega, mas garante que o Tricolor fez um acordo legal.

– O fato é que o contrato é bastante claro. Há precedentes na Fifa em situações bem menos contratuais, onde atletas apenas declararam em documento que firmariam um novo contrato. O caso será submetido ao conhecimento da entidade – explicou.

O advogado Cláudio Baptista destacou que o Grêmio não errou no modo como conduziu as negociações com o argentino. Maxi López aceitou todas as cláusulas, inclusive para mais três anos de contrato e com salários acertados.

O clube depositou em juízo € 1,5 milhão no final de 2009, valor que garantiria 50% dos direitos do atleta. Diferentemente do acertado, o jogador comunicou à direção que não resgataria o dinheiro e que não seguiria no Olímpico gaúcho em 2010.

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