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 | 17/12/2009 07h10min

Brasil vive era de Seleção forte, mas sem grandes destaques individuais

Mesmo sem favoritos ao prêmio da Fifa, comentaristas não consideram fraca a safra brasileira

Diego Guichard  |  diego.guichard@rbsonline.com.br

Messi é o grande favorito para conquistar o prêmio de melhor jogador do mundo pela eleição da Fifa. Antes disso, o argentino já garantiu a Bola de Ouro pela publicação francesa France Football. Em 2008, foi o português Cristiano Ronaldo que abocanhou as premiações.

Somente Kaká, em 2007, foi eleito o melhor do ano – o último da Seleção a receber esse mérito. Mas será que os brasileiros perderam a supremacia no futebol mundial nas duas últimas temporadas? Para a maioria dos comentaristas esportivos, não se trata de crise, mas sim de superação técnica de alguns atletas.  

– Não é problema do futebol brasileiro. É um rodízio de quatro ou cinco caras que são os que o mundo considera craques. Não é motivo de crise. Acho que o Messi é o melhor do mundo individualmente. Tem habilidade, técnica, drible e um grande time – comenta o apresentador e narrador esportivo Cléber Machado, da Rede Globo.

Para Cléber, a Seleção não conta nesse momento com um time “cheio de craques”. Na média, é um time forte.

– Temos vários jogadores muito bons, com dois ou três muito acima da média. Outros países têm um ou outro que se destacam individualmente – afirma. 

Editor executivo da editoria de esportes de Zero Hora, David Coimbra considera que o Brasil sempre terá times formes, mesmo em épocas com individualidades consideradas “em piores safras”. 

– Qualquer Seleção formada seja em qual for a época passada era forte. Até mesmo aquelas que eram tidas como fracassadas. Em 1990, por exemplo, o Renato Portaluppi era banco. No mínimo, o Brasil terá sempre um bom time. Assim como Argentina, Alemanha e Itália. São equipes que sempre incomodam em Copas – opina David.

Já o comentarista Maurício Noriega ressalta que os jogadores eleitos pela Fifa são sempre os que atuam no futebol europeu. O jornalista lembra alguns atletas que poderiam ter recebido o prêmio, atuando pelo futebol sul-americano:

– Teve jogadores que poderiam ter recebido esse prêmio, como o Falcão, em 1979, ou o Edmundo, em 1997. 

O apresentador Marcelo Barreto concorda com Noriega. E mais: acha que o prêmio da Fifa está muito mais ligado a imagem dos jogadores do que em relação ao que produzem em campo. 

– A eleição está mais ligada a imagem. A quem se aparece mais em vídeos na internet. Jogadores de outros países não levam esse prêmio. Por que temos que ter o craque todo ano? Tem ano que não teve mesmo – frisa.

Barreto acha que nessa eleição deve ser levado em conta o “conjunto da obra”.

– O Ronaldinho foi eleito o melhor da década. O que ele jogou antes, ninguém fez. Acho que o melhor do mundo precisa ser avaliado pelo conjunto, por tudo o que jogou – finaliza.

Os melhores jogadores eleitos pela Fifa

2008 – Cristiano Ronaldo
2007 – kaká
2006 – Cannavaro
2005 – Ronaldinho
2004 – Ronaldinho 
2003 – Zidane
2002 – Ronaldo
2001 – Figo
2000 – Zidane
1999 – Rivaldo
1998 – Zidane
1997 – Ronaldo
1996 – Ronaldo
1995 – George Weah
1994 – Romário
1993 – Roberto Baggio
1992 – Van Basten
1991 – Lothar Matthäus

Os indicados ao prêmio em 2009

Andrés Iniesta (ESP)
Cristiano Ronaldo (POR)
Kaká (BRA) 
Lionel Messi (ARG)
Xavi (ESP)

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