Acabou o impasse criado com a ida do técnico Paulo Autuori para assumir o Al-Rayyan, treinado por Marcos Paquetá. Nesta quinta-feira, foi oficializada a saída de Paquetá. Comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do técnico não fala em demissão, e sim que ele fez um acordo para deixar o clube. Segundo o texto, os motivos para a saída foram a pressão de uma parte da diretoria, que foi contra sua contratação proveniente do rival Al-Gharafa, e as três propostas de trabalho que alega ter recebido, de clubes do Oriente Médio e do Japão.

— A rivalidade entre Al-Gharafa, minha ex-equipe, e o Al-Rayyan é muito grande. Ganhei todos os títulos possíveis por lá e, por isso, não era muito querido por parte da direção do Al-Rayyan, que queria minha demissão desde o primeiro dia em que pisei no clube. Nos últimos dias recebi três propostas para deixar o clube, mas minha intenção era cumprir o contrato. Nesse período a pressão aumentou e resolvi procurar a direção para entrarmos num acordo. Agora estou livre para decidir meu destino — disse, segundo a sua assessoria.

Paquetá foi bicampeão da Liga do Catar pelo Al-Gharafa. Comandou a Arábia Saudita na última Copa do Mundo. No Al-Rayyan, fez 12 jogos, com quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas.

— Deixo o Al-Rayyan com a certeza de que poderia ter feito um trabalho melhor, mas isso se tornou inviável devido aos últimos acontecimentos. O clube está vivendo uma crise política e os que queriam a minha saída tinham grande influência. Tentaram me atrapalhar, desmontaram a equipe do ano passado, mas mesmo assim resisti até onde pude. Com essas propostas em mãos, não tinha por que insistir nessa situação. Agora vou definir meu futuro com calma — afirmou o treinador.