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 | 12/11/2009 06h10min

E se o Grêmio de Rospide vencer fora de casa, como fica?

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



 Valdir Friolin








Encerrada a surpreendente saída de Paulo Autuori, o técnico que jurou não ter vindo por dinheiro e agora sai por "uma proposta irrecusável", ou seja, por dinheiro, me dei conta de um aspecto que ninguém comentou ainda. Ou, ao menos, não vi, li ou ouvi nada a respeito, por enquanto. Só se fala em Adilson Batista, Silas, Dorival Júnior.

E Marcelo Rospide? E se o Grêmio de Marcelo Rospide vencer Cruzeiro e Flamengo, nas duas partidas que restam fora de casa, enquanto o badalado Autuori só ganhou do Náutico nos Aflitos em seis meses?

Quando Rospide deu conta — e bem — do recado naquela interinidade de 43 dias à espera de Autuori, defendi que era um erro sequer cogitar mantê-lo no cargo na parte decisiva de Libertadores e com um Brasileirão pela frente. A direção negociava com Autuori, campeão do mundo e bi da América. Não fazia mesmo sentido.

Só que Autuori veio, não levou o Grêmio ao título da Libertadores e, pior, por conta dos fracassos sucessivos fora de casa, privou a torcida gremista de disputar o campeonato que mais aprecia. O time de Autuori nunca figurou no G-4.

Sendo assim, vale o debate. Rospide tem a cara do Grêmio. Já perdeu as contas de quando chegou ao Olímpico para trabalhar nas divisões de base. Desta vez, já tem alguma experiência no exercício da função.

Conhece o grupo de jogadores e os jovens da base como ninguém, podendo pinçar reforços no próprio Olímpico. É barato. O Grêmio não precisaria pagar a Rospide uma terça parte dos R$ 250 mil que pingavam na conta de seu antecessor todo mês.

Se economizasse mais alguns salários absurdos na relação custo-benefício — os R$ 80 mil de Perea e os R$ 180 mil de Herrera, por exemplo —,sobraria dinheiro para um lance ousado. O Fluminense paga R$ 400 mil para Fred. O Ronaldo banca muito mais por Ronaldo. O Boca Juniors, em 2007, torrou uma fortuna para ter Riquelme de volta do Villarreal e recebeu como prêmio o título da Libertadores.

Um bom time precisa sempre ser montado em torno de um técnico caro? Não pode ser concebido ao redor de um grande jogador?

Se Marcelo Rospide conseguir bons resultados no Mineirão e no Maracanã, teremos um debate interessante na Província de São Pedro.

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